O objetivo do presente estudo foi verificar a eficácia de um protocolo oral preventivo em crianças com leucemia linfoblástica aguda (LLA), submetidas ao tratamento antineoplásico, antes de iniciar um estudo mais abrangente. Durante um período de sete meses, foram avaliadas, consecutivamente, quatorze crianças com LLA, de dois a dez anos de idade. As crianças com LLA que fizeram bochechos com a solução de clorexidina 0,12% (sete crianças) foram comparadas com aquelas do grupo controle (sete crianças) no que diz respeito ao surgimento de lesões orais. Todas as crianças do estudo receberam diariamente orientação de higiene oral e foram igualmente examinadas pelo odontopediatra. Observou-se uma diminuição significativa na incidência de mucosite e ulceração oral nas crianças que fizeram bochecho profilático com clorexidina 0,12% (p < 0,05, teste exato de Fisher). Os achados obtidos no presente estudo são satisfatórios, e sugerem que uma aplicação sistemática de um protocolo preventivo reduza a incidência de complicações orais em crianças com LLA submetidas à quimioterapia.
Leucemia; Quimioterapia; Mucosa oral; Clorexidina
