A ciclagem térmica tem por objetivo simular, in vitro, as mudanças térmicas intra-orais que ocorrem clinicamente. Sendo o seu efeito bastante discutido, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a relação da ciclagem térmica e o número de ciclos na infiltração marginal. Foram confeccionadas cavidades classe V com dimensões de 3 mm de altura, 3 mm de largura e 1,5 mm de profundidade, em dentes bovinos. Os dentes foram restaurados com o sistema Single Bond/Z250 (3M/ESPE) e, então, divididos em 5 grupos de 10 dentes cada: grupo 1 (controle) sem ciclagem; grupos 2, 3, 4 e 5 com 500, 1.000, 2.500 e 5.000 ciclos, respectivamente (5º-55º ± 2ºC, 15 segundos por banho). A seguir, os dentes foram seccionados e analisados em microscópio com 100 X de aumento para a escolha da fatia mais infiltrada, que foi escaneada e quantificada pelo programa ImageTool. Os dados submetidos ao teste ANOVA a um critério não apresentaram diferença significante (p > 0,05), resultando em valores médios de infiltração em milímetros: grupo 1 (3,92), grupo 2 (3,13), grupo 3 (4,48), grupo 4 (4,33) e grupo 5 (3,42). A análise dos dados permitiu concluir que não há relação entre o aumento do número de ciclos e o aumento da infiltração marginal.
Infiltração dentária; Resinas compostas