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Teatro social dos afetos: sobre a potência da arte cênica na superação de relações opressivas na escola 3 3 Editor responsável: César Donizetti Pereira Leite. https://orcid.org/0000-0001-8889-750X 4 4 Normalização, preparação e revisão textual: Mariana Munhoz (Tikinet) revisao@tikinet.com.br 5 5 Versão em inglês: Henrique Akira (Tikinet) traducao@tikinet.com.br 6 6 Apoio: Programa de incentivo à pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PIPEc/PUC-SP

Resumo

Considerando, a partir das reflexões de Vigotski sobre o trabalho criativo do ator, que a construção da personagem pode ser uma vivência transformadora em que o corpo e os afetos têm papel preponderante, apresentamos uma proposta cênica que transporta tais potencialidades às relações sociais como estratégia de superação da opressão social na escola. Trata-se do Teatro Social dos Afetos (TSA), cujos pressupostos são baseados em Spinoza, Vigotski e Boal, com destaque aos conceitos de emoção inteligente, catarse, corpo, dialética singular/universal e sofrimento ético-político. Exemplificamos a partir de uma intervenção cênica em escolas municipais, visando ao enfrentamento à violência de gênero na escola. As ações cênicas colocam o ator também como dramaturgo e a plateia como ator, entrelaçando-os no sentimento do comum e na potência de imaginar e ensaiar estratégias de superação de opressões cristalizadas nos afetos e nas relações sociais. Assim, no ato criador o sofrimento individual se transforma em ação coletiva.

Palavras-chave
teatro; catarse; corpo; dialética singular/universal; afetos; escola; opressão psicossocial ou sofrimento ético-político

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