Resumo
A formação de professores enquanto prática social histórica tem sido alvo de múltiplas transformações, nomeadamente a resultante da adaptação do quadro normativo ao processo de Bolonha. Em Portugal, a alteração mais visível nos currículos de formação de professores traduziu-se na fragmentação da formação integrada de cinco anos em dois ciclos desconexos, com a compressão das componentes pedagógicas, didáticas e de iniciação à prática de ensino. Procurando ir além de uma reflexão crítica, pretende-se apresentar argumentos acerca do modo como podem ser desenhados os programas de formação dos professores para os desafios que a educação física será chamada a responder. Os argumentos sustentam-se no conhecimento e experiência extraída dos projetos de investigação no âmbito do estágio profissional em Educação Física que visaram incrustar a formação dos estagiários numa dinâmica colaborativa entre a universidade e a escola e contribuir para a construção das identidades profissionais de formandos e formadores.
Palavras-chave Formação Inicial; Socialização Profissional; Educação Física; Estágio Profissional