Este artigo parte do conceito habermasiano de ação comunicativa para, por meio de dinâmicas baseadas nos trabalhos de Bion e Kholberg, procurar ilustrar como a condição de deficiência física, visual e auditiva interfere nos processos argumentativos de construção de consensos, conforme apresentado na Teoria da Ação Comunicativa. Por meio de dinâmicas de grupos específicos - de não deficientes, deficientes visuais, auditivos e físicos -, motivadas por questões de discussão propostas, apresenta uma análise sobre as formas de comunicação entre tais sujeitos na busca por um consenso. Notou-se que os grupos, utilizando vias próprias de comunicação, apresentaram a mesma capacidade de discussão e comunicação, independentemente de suas condições. O texto conclui, apontando a existência do mundo da vida, como definido por Habermas, em diferentes formas de comunicação, ilustrando a grande capacidade de recursos de interação entre seres humanos, assim como a capacidade destes de adaptação a condições adversas.
deficiência; comunicação; interação; discurso; Habermas