Resumo
Com as conquistas legais e certa visibilidade dada à língua brasileira de sinais (Libras), houve maior aparição das pessoas surdas em variados espaços político-sociais. Ao mesmo tempo, nota-se o contínuo retrocesso de direitos advindo dos discursos assistencialistas do atual governo federal, que, sob a égide de um suposto “cuidado” às pessoas surdas, tem creditado para si o reconhecimento das pautas desta comunidade, configurando um processo de captura no qual as lutas históricas do movimento surdo no país são apagadas. Neste trabalho, buscamos rememorar a história do ativismo surdo no Brasil, cartografando vozes surdas na articulação com as perspectivas freireana e foucaultiana no sentido de esperançar a partir de contracondutas como as feitas por algumas vidas surdas na atualidade.
Palavras-chave
ativismo surdo; pedagogias surdas; contracondutas