Com o objetivo de identificar as repercussões ocorridas na vida de adolescentes que engravidaram entre 12 e 14 anos, em contexto de vulnerabilidade social, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e aplicados mapas de redes com 10 participantes, quando o filho estava entre um e três anos de idade. Os dados foram analisados qualitativamente, a partir da Teoria Fundamentada Empiricamente, de Anselm Strauss e Juliet Corbin. Os resultados evidenciaram que, após a experiência de gravidez e da maternidade, as adolescentes desenvolveram maior responsabilidade por sua vida reprodutiva e reformularam projetos, valorizando mais os estudos, apesar das dificuldades para retomá-los. O relacionamento com os parceiros caracterizou-se pela união estável, destacando-se a importância destes e das mães das adolescentes em seu processo de adaptação.
Gravidez na adolescência; desenvolvimento; saúde sexual e reprodutiva; vulnerabilidade social