Nos últimos anos as metodologias feministas têm influenciado fortemente a psicologia e as ciências sociais em geral, trazendo para o domínio da investigação novas possibilidades de pesquisa e de entendimento das dinâmicas sociais. A denominada crise positivista, muito marcada pelas críticas feministas à objectividade e neutralidade da ciência, legitimou a emergência de portentosas ferramentas analíticas, entre as quais a reflexividade. Este artigo explora a importância da adopção da reflexividade no processo de investigação e a sua influência na construção de uma ciência mais responsável. São discutidos os pontos de convergência entre a reflexividade e os pressupostos que presidem à utilização das metodologias feministas na psicologia.
Metodologias feministas; reflexividade; ciências sociais