Pesquisa e Transferência em Psicanálise:
Lugar sem Excessos 1
Waldir Beividas 2
Universidade Federal do Rio de Janeiro
"Nous veillons à l"autonomie finale du malade"
(Freud)
Mesmo se insuficiente e desajeitado nos seus inícios, todo debate só pode ser proveitoso quando, ao invés de repetir o consenso, provoca o contraditório. Não fosse isso, tudo teria parado nas cavernas de Platão: não teria havido Aristóteles, nem Descartes, nem Freud ! para saltar apenas com três nomes a história milenar de trabalho de pensamento no Ocidente. É no espírito contraditório que minha leitura responde ao texto-réplica de L. Elia. A interpretação que colhi é que, segundo o fundo geral da réplica, o primeiro texto de minha autoria ficaria, se não « desqualificado » na sua pretensão central, ao menos bem atenuado e limitado, no que se refere à pesquisa analítica. Isto, por quatro tipos de argumentos: (a) meu texto inicial, ao tratar da pesquisa em psicanálise, não mergulha a transferência imediatamente na experiência clínica, como "condição prévia", isto é, situa-se numa região outra, que não é o coração do que se trata na experiência clínica; (b) meu texto primeiro denuncia um excesso transferencial na pesquisa, sendo que, para a réplica, não se trata em psicanálise de uma quantificação da transferência, visto que a pesquisa só pode ser conduzida aí "sob transferência"; (c) meu texto de origem pleiteia uma vocação científica para a psicanálise, ao passo que, para o texto replicante, ela constitui um outro saber, fora do campo da ciência; (d) meu texto primeiro sugere a construção de uma nova linguagem conceitual para estruturar o campo psicanalítico (com Freud e com Lacan e não sob a submissão pânica aos seus dixit ), ao passo que, ao ver da réplica, a psicanálise só pode recriar ou re-inventar na medida em que disser sim aos significantes "já constituídos, elaborados e estabelecidos" de Freud e de Lacan. São os argumentos maiores que me cabe então retorquir.
Psicanálise vs Ciência
Na primeira parte, o texto da réplica concentra a atenção num viés que chama metodológico, em que tenta propor um eventual quid diferencial do saber psicanalítico, sua posição perante a ciência. Mas, uma primeira discordância minha vai logo contra a premissa que abre o texto: situar a transferência e a pesquisa em psicanálise na experiência analítica como "condição prévia". Com efeito, Freud esboçou seu Projeto, arquitetou sua « neurótica », edificou sua teoria dos sonhos, sua teoria da sexualidade, do narcisismo, da transferência, não na clínica, mas na reflexão dos seus « memoriais », nas cartas trocadas, nos manuscritos ou, mais diretamente, quando teoriza sua metapsicologia, quando especula para além do princípio do prazer, enfim, quando profere solenes «conferências » para um público real ou um interlocutor ficcional. Igualmente, Lacan aqueceu sua teoria com a têmpera acadêmica (o caso Aimée), forjou-a com um manifesto finamente teórico-epistemológico (o discurso de Roma), temperou os pesos da espada em Escritos, e suas medidas na reflexão dos Seminários, enfim, brandiu-a na mídia (Televisão, Radiofonia). Ou seja, os textos decisivos da construção da psicanálise, freudiana ou lacaniana, testemunham que ela não nasceu e se compôs na «horizontal» do divã, mas na «vertical» da mesa de trabalho, ou do trabalho de pensamento. É escusado dizer que tudo isso esteve fartamente incitado pela sensibilidade clínica, pela acuidade de escuta, e apoiado nos relatos clínicos embora mesmo isso sujeito a um bom número de precauções, haja vista as revisões sempre incômodas sobre o que se passa efetivamente nas sessões clínicas e o que dela é relatado como um « caso », na maioria das vezes bem sucedido (cf. Borch-Jacobsen, 1995). Portanto, nada autoriza a dizer que um eventual exame da transferência na pesquisa em teoria psicanalítica deva imediatamente adentrar o campo da experiência analítica.
Ainda nesse primeiro momento do texto-réplica, discordo também do argumento de que o saber psicanalítico não pode ser "integrante do campo científico", porquanto seria uma « subversão » deste. A meu ver, a subversão freudiana não difere em essência daquilo que a filosofia ou a ciência moderna impôs contra as evidências perceptuais e imediatas, e que teve de ser absorvida pelo campo científico. Galileu e Newton não se impuseram facilmente à episteme ambiente da ciência, a teoria de Einstein não menos e a física quântica também. Esta ainda hoje se exaspera, perplexa e aturdida, para manejar a linguagem da estranha realidade fenomenal do sub-mundo quântico. O teorema de Gödel solapou o edifício matemático de Hilbert, e a máquina de Turing fez irromper revisões quase atordoantes sobre o modo de operar da inteligência humana (ciências cognitivistas, neurais, inteligência artificial ). Quero dizer com isso que a ciência, no seu todo, avança nessas subversões, que acabam por se integrar no patrimônio de conhecimento da humanidade. O próprio Freud pleiteou sua « ferida » narcísica como a terceira das grandes « humilhações » da humanidade, acostando-a, pois, à cosmológica de Copérnico e à biológica de Darwin, isto é, integrando-a ao saber científico. A subversão de seu saber anterior é sempre o paradigma que faz a ciência existir e avançar. E se o quinhão subversivo, que coube à psicanálise apresentar, não teve ainda maior impacto ou absorção pelo campo científico, imagino que seja menos pelo argumento da resistência à coisa freudiana do que pela relutância da psicanálise de hoje em trabalhar numa possível conversão epistemológica da sua subversão, numa possível e urgente epistemologia do desejo.
Do mesmo modo, discordo também quando se atribui à Lacan a demonstração de um saber não integrável à ciência, ou quando se deduz, a partir da obra de Lacan, que a psicanálise definitivamente não mais cabe no campo da ciência. Não é o que entendo quando o psicanalista francês posiciona seu projeto radical na questão que vai de: "a psicanálise é uma ciência? a: o que é uma ciência que inclui a psicanálise" (1984, p.8), ou quando enfatiza que a via científica promovida por Freud "não é contingente, mas permanece essencial"(Lacan, 1966, p. 857).
Por sua vez, é difícil aceitar que a psicanálise não é nem mesmo ciência humana. Se a psicanálise de Lacan se move na solidariedade dos três registros (imaginário, simbólico, real), e mesmo que sua operação clínica seja a de desvelar a função de desconhecimento do seu ego imaginarizado, é sempre o homem com todos os revestimentos identificatórios e imaginarizantes que se deita no divã, ainda que rumo ao sujeito do inconsciente. Se, para atingir o extrato pretensamente "sem qualidades" do seu sujeito, ela expurga, já na saída, a carne imaginarizada de seu homem, vai acabar reduzindo-o a um esqueleto inconsciente, vai dissecá-lo numa espécie de algoritmo do inconsciente, mais artificial que as «inteligências artificiais». A psicanálise deve então ser uma ciência humana, bastando para isso definir adequadamente o termo. Por outro lado, a psicanálise deve também ser uma ciência natural, não pelos métodos, mas pela atitude que deve guiar seu horizonte ontológico: se o inconsciente subverte o já conhecido das funções da consciência, se as pulsões subvertem a organização já estipulada ao corpo, não deixam de ser por isso um fenômeno da natureza, tal qual as forças de atração da matéria inanimada, tal qual o dinamismo instintual da matéria animada. Haverá outra região fenomenal fora disso? Aqui vejo a vocação inelutável da psicanálise para a ciência apesar de tudo.
A Transferência e a Clínica do «Real»
Num segundo momento, o texto da réplica avança hipóteses sobre a transferência. Dá a entender que o Freud-cientista que apostava nas recordações e associações do paciente pela via "meramente simbólica" cede o passo, ou evolui, para o Freud-analista que se surpreende com um inconsciente que o sacode "em ato, em afeto, em transferência ".
Minha primeira discordância, menor, incide no entendimento que aí vejo de considerar uma maior implicação da transferência apenas quando, segundo a réplica, Freud abandona a via "meramente simbólica". Ao contrário, entendo que a transferência esteve instaurada desde os primórdios da psicanálise, dita simbólica ou interpretativa, sobretudo na conotação de obstáculo a ser superado. Os manuscritos centenários de Freud não deixam dúvidas quanto a isso (Gubrich-Simitis, 1997, p.124-5). Assim como Laplanche e Pontalis (1967/1992), não vejo porque o analista "seria menos implicado quando o sujeito lhe narra um acontecimento de seu passado, quando lhe conta um sonho, do que quando se volta contra o analista num ato" (p. 498).
Minha discordância já se torna maior quando o texto-réplica procura ressaltar o Freud-analista em detrimento do cientista-Freud, até mesmo encurtando o tempo deste, para defender que a psicanálise não é uma ciência explicativa. Não entendo assim. Na conferência densa e profunda sobre a Weltanschauung, o cientista Freud é intolerante, a favor da ciência (cf. Beividas, 1994). Na sua «autoapresentação»(1925/1992), queixa-se da "injustiça grosseira" daqueles que deixam de tratar sua teoria como qualquer outra ciência da natureza e termina o posfácio, acrescentado em 1933, dizendo que, enfim, "o conjunto dá a regozijante impressão de um trabalho científico sério e de alto nível" (p.106; 122). Isto é, esses textos bem tardios indicam que o cientista Freud insistiu, até o fim.
Discordo também do que o texto da réplica saúda como a passagem da via « meramente » simbólica para as excelências de uma via do "real do sintoma", na clínica. Essa pretensa via de irrupção do real "em afeto, em ato, em transferência, do sintoma, sob a forma de sujeitoa transferência " é problemática, difícil de convencer, quando, a meu ver, está mal feita a equação entre o simbólico e o real na psicanálise pós-lacaniana. Para mim, qualquer ato ou afeto do paciente não passa de um ato significante, totalmente inserido no registro do simbólico, apenas num regime de linguagem outro, não verbal, a linguagem gestual, visual, facial, práxica ou somática. É assim que entendo Lacan (1974): "nesse caso, o que deve ser pesado, é se minha idéia de que o inconsciente está estruturado como uma linguagem permite verificar mais seriamente o afeto"(p. 37). Continuo convencido de que o registro do real da psicanálise pós-lacaniana inchou-se equivocadamente na proporção e por causa da visão ainda simplista que se tem aí do simbólico. É assim que ouço o psicanalista da linguagem: "o inconsciente, isso fala, o que o faz depender da linguagem, da qual só se sabe pouco" (1974, p. 16 itálicos meus).
Pesquisa e Transferência: Lugar sem Excessos
A última parte do texto da réplica é a mais longa e mais diretamente concernente a meu texto primeiro. Mas introduz uma série de outros argumentos que extrapolam o campo do debate. Quero portanto ser o mais claro possível no tocante à pertinência e extensões do conceito de transferência, e seu excesso, na pesquisa em teoria psicanalítica: (a) quero mostrar que o argumento pelo qual só se pode fazer pesquisa em psicanálise sob transferência em nada alivia a denúncia de excesso, no texto primeiro; (b) quero retorquir os argumentos da réplica de que não se trata de colocar a transferência "na prática da pesquisa em psicanálise", em termos de excesso; (c) às medidas defendidas da transferência, do seu lugar por excelência na clínica e na pesquisa como alavanca privilegiada de acesso ao inconsciente quero contrapor os pesos mais sombrios da transferência, enfatizar a «superação» da transferência, ou sua temperança, reativar a conotação de «obstáculo», desde Freud. Ou seja, quanto ao tema da transferência em psicanálise, quero temperar a laudação de um «bem maior» porque aciona tudo, no início , com a resignação de um «mal necessário» porque atua sempre, no meio , e com a denunciação vigorosa, quando «mal em excesso», porque estanca a pesquisa, no fim.
Primeiramente, não vejo dificuldade em entender que toda a pesquisa se dê sempre sob transferência. Isso não ocorre só na psicanálise. Depois da descoberta do inconsciente, a maior façanha de Freud foi mesmo ter posto a transferência no epicentro da cura, e também ter desvelado a pregnância do próprio fenômeno da transferência nos domínios do humano, nas relações entre os homens. Nesse sentido, não é apenas o « saber do inconsciente » que exige a transferência como modo de acesso. Todo saber sobre quaisquer fenômenos da natureza, da vida ou do homem, se contamina de transferência, de igual modo.
O fenômeno da transferência tem história milenar nas teorias filosóficas sobre a crença. No campo científico, o próprio conceito de « episteme » implica um crer-poder-saber algo novo em cima de um suposto saber antigo. Nenhum pesquisador investe sua reflexão se não supõe um mínimo de saber na teoria, no outro, ou no objeto de suas buscas. E se, do palco do intelecto, descemos à rua da vida cotidiana, nada muda. Não vivemos um minuto sequer sem uma suposição de saber no outro, no saber do transeunte, para perguntar-lhe onde fica tal rua, ou no saber do padeiro, para comprar o pão. Por isso, quando para o texto da réplica, a transferência é condição de tratamento e, por isso, condição de pesquisa, aceito-o menos como silogismo, a legitimar a subordinação, e mais como condição da própria condição humana.
Mesmo porque, o fenômeno da transferência exibe traços ainda insondados pela psicanálise de hoje. Não se restringe apenas ao « saber » do outro, do Outro, do significante ou do inconsciente. Há uma imensa região semântica a explorar, para além do saber, que estende as estruturas modais do discurso para o campo do dever, do poder ou do querer, o que permite amplificar o conceito de sujeito-suposto-saber, de Lacan, e conceber, de igual maneira, um sujeito-suposto-dever, um sujeito-suposto-querer e um sujeito-suposto-poder. Essas estruturas modais exigem ainda ser aquilatadas na sua contaminação pelas «intensidades»: a suposição demasiada no saber (do outro) pode gerar credulidade cega ou submissão pânica e, insuficiente, torna o sujeito incrédulo ou desconfiado; a crença excessiva no poder (do outro) leva a fanatismos militantes ou a emulações servis, caso contrário desperta rebeldia ou afrontamento; a transferência exaltada no dever (do outro) cria expectativas sufocantes, diferentemente daquela que não aposta quase nada nele, e vira decepção; enfim, a suposição desmedida no querer (do outro) dá margem à histeria mais sedutora e, muito enfraquecida, à mais fria indiferença.
Quero sugerir que justamente a quantificação ou a tensividade na transferência abre um precioso registro heurístico para descobrir as infinitas gradações e variedades de posições subjetivas do sujeito na pesquisa (e na clínica). É nesse registro semântico, das articulações modais e tensivas, que vale projetar a via mais fecunda de acesso às "duas mil leituras diferentes" do algoritmo lacaniano do fantasma, multiplicidade admissível em função das relações que determinam para cada sujeito a « álgebra » em que está preso (Cf. Lacan, 1966, p.816). Em outras palavras, apresento aqui, como esboço de reflexões, modalidades de transferência sobre as quais Lacan nada disse, de modo explícito ou consistente, nos « significantes » da sua teoria. Terão elas um dia a chance de se incorporar ao campo e incitar a uma reflexão que dialogue com os progressos que uma teoria do discurso, como a semiótica, já fez no terreno das modalizações tensivas? 3 Aqui me permito responder à indagação mais incisiva do texto-réplica:
"Mas, por outro lado e este é o ponto em que reside toda a sutileza e a dificuldade da questão como seguir tais convocações sem estar em transferência com Freud e Lacan, se é pela boca de um (Freud) que a coisa fala a verdade e se é pelo dizer do outro que a convocação é feita?" (Elia, p.786)
A resposta é simples e sem maiores mistérios, como me parece ter sido para Freud ou Lacan: a coisa fala pelos poros leia-se: pelas estruturas da linguagem , cujo registro o primeiro intuiu e o segundo desbravou. Mas a coisa insiste em mostrar-se falando para qualquer pesquisador, sem que seja necessário repetir a mesma coisa. A transferência na pesquisa não se dá, pois, com a boca de Freud ou de Lacan, com seus dixit ou seus significantes. Ou seja, o lugar, sem excessos, da pesquisa em psicanálise é estar à boca da linguagem, em transferência com as estruturas linguageiras do inconsciente, como suposto-saber, realidade-em-si primeira ou apodicidade fundante da psicanálise, proposição central do meu texto primeiro.
Assim, para concluir estas reflexões e abrir o tema ao debate eventual que possa prosseguir , ao invés de uma certa apologia da transferência, julgo mais pertinente que se retorne um pouco mais para a « síndrome » freudiana: manter sempre a transferência sob suspeita, como um obstáculo a ser superado, algo que suscita poderosos conflitos psíquicos (na pesquisa e na clínica), mas que, "graças a sua superação, tem um efeito curativo" (cf. Gubrich-Simitis, 1997, pp.124-125). É a dissolução da transferência (sobretudo quando excessiva) que me parece ser a bússola de Freud (1912/1998): "nós velamos pela autonomia final do doente" (p.114). Sem dúvida, ele tem razão: o tema da transferência é mesmo "dificilmente esgotável" (p. 107). A meu ver, sua presença constante na pesquisa, na clínica, na vida tem efeito nefasto quando se estabelece em excesso, quando "excede a medida e a natureza do que se pode justificar fria e racionalmente", quando se alastra sorrateira no invisível ou na surdina. Por isso um debate sobre os excessos na transferência tem mesmo de levar em conta a forma que o próprio vienense lhe deu: a de um combate ; tem de sair das sombras, vir à luz, pois, "afinal, ninguém pode ser abatido in absentia ou in effigie" (p. 116).
2 Endereço para correspondência: Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica - Instituto de Psicologia - UFRJ - Av. Pasteur, 250 Fundos, 22290-240, Rio de Janeiro, RJ.
E-Mail:beividas@yahoo.com
Recebido em 30.06.99
Aceito em 10.09.99
Sobre o autor:
Waldir Beividas é Doutor em Semiótica e Lingüística pela Universidade de São Paulo (1992); Pós-Doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS - Paris (1999); Professor Adjunto do Instituto de Psicologia da UFRJ, no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica, desde 1993.
Referências bibliográficas
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- Beividas, W. (1999). Inconsciente et verbum: Psicanálise, semiótica, cięncia, estrutura. Săo Paulo: Humanitas/USP
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- Gubrich-Simitis, I. (1997). Freud: Retour aux manuscrits. Faire parler les documents muets. Paris: PUF.
- Lacan, J. (1966). Ecrits. Paris: Seuil.
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- Lacan, J. (1984). Comptes rendus denseignements. Ornicar? 29, 7-25. Paris, Navarin.
- Laplanche J. & Pontalis, J-B. (1992). Vocabulaire de la psychanalyse. Paris: PUF (Original publicado em 1967)
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
02 Fev 2000 -
Data do Fascículo
1999
Histórico
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Recebido
30 Jun 1999 -
Aceito
10 Set 1999