Para entendermos um ato de fala não literal devemos ser capazes de diferenciar entre o que o interlocutor fala do que deseja dizer usando informações contextualmente relevantes. O objetivo deste estudo é determinar se existe uma hierarquia de complexidade que perpassa os vários atos de falas não literais, tais como: violações da máxima de relação, violações da máxima de quantidade, solicitações indiretas e afirmativas irônicas. A análise do tempo de leitura de frases alvo (56 literais e 56 não literais) de histórias indica a existência de diferenças no processamento de alguns dos atos de falas não literais para compreensão. Mais precisamente, solicitações indiretas parecem ser processadas diferentemente nos três outros tipos de atos de discurso e os sujeitos parecem não perceber violações das máximas de quantidade como atos de fala não literais.
Pragmática; psicolingüística; significado não literal; solicitações indiretas; máximas da conversação