A legitimidade moral e econômica dos sistemas industriais e intensivos de produção animal implantados na França a partir da década de 1960 é hoje contestada, por várias razões. As críticas são principalmente formalizadas na questão do "bem-estar animal". Mas os pecuaristas também têm sido afetados pela violência dos sistemas e por uma organização do trabalho reificada que os obriga a reprimir a parte afetiva e relacional de seu trabalho. O sofrimento gerado por esses sistemas questiona o próprio sentido das atividades da pecuária e a perenidade do laço social construído por dez mil anos de história compartilhada com os animais domésticos.
Produção de animais; psicodinâmica do trabalho; organização do trabalho; laço