Resumo:
Neste artigo objetiva-se discutir questões relacionadas aos encontros das crianças com a assistência social a partir de um recorte da pesquisa de mestrado realizada em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Apostamos nos traçados singulares da metodologia cartográfica para o acompanhamento dos acontecimentos cotidianos do serviço e para o exercício epistêmico de descolonização do pensamento. Pretendemos, assim, contextualizar os discursos vinculados às crianças consideradas público prioritário do serviço e objetos da política pública e refletir sobre a pandemia da Covid-19 que escancara as desigualdades sociais. Entendemos que o olhar crítico desde uma perspectiva parcial potencializa a desconstrução de discursos totalizantes e universais sobre as infâncias e propomos a escutação como aposta ética-estética-política de uma escuta menor em tempos e sistemas maiores, que podem brutalizar o cotidiano de trabalho nas políticas públicas.
Palavras-chave:
Política pública; Criança; Psicologia social; Assistência social; Covid-19