Este artigo busca refletir sobre a concepção de morte na infância a partir de falas de quatro crianças com idade entre três e quatro anos de idade, encaminhadas para avaliação psicológica no período de 2008 a 2011. Para fundamentar o estudo, emprega-se como suporte teórico Aberastury (1984), Bromberg (1996, 1998), Torres (2002) e Kovács (2002), os quais tratam acerca da percepção da morte pela criança. Percebe-se que a discussão sobre o tema envolve angústia, medos e silenciamentos, especialmente quando o assunto requer o diálogo com o sujeito. Na sequência, são abordadas questões relacionadas à linguagem, a partir de Bakhtin, Piaget e Vygotsky, de modo a fundamentar a discussão sobre o processamento da morte pela criança por meio da linguagem.
morte; infância; linguagem