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Transtornos alimentares: patologia ou estilo de vida?

Eating disorders: disease or life style?

A internet se apresenta como um novo espaço de reconfiguração das relações sociais, por isso jovens com transtornos alimentares vêm utilizando-a como forma de expressão, através das comunidades pró-anorexia e bulimia. Este artigo visa compreender a diferença entre o discurso hegemônico e a crença destas jovens, a partir das teorias antropológicas sobre a influência da cultura na saúde e na doença, da teoria da bioascese e das teorias feministas. Usando a interpretação de sentidos, percebe-se que os transtornos alimentares são considerados estilos de vida, nos quais se busca fugir ao sofrimento através do controle dos corpos e dos desejos. Há uma trama entre controle, poder e dominação, no qual as jovens pleiteiam autonomia e independência, a sociedade define e normatiza seus corpos, e dessa forma, impõem uma dominação, e os profissionais, baseados nos discursos da saúde, intentam ensiná-las como controlá-los, exercendo, de certa forma, um poder sobre o outro.

transtornos alimentares; estilo de vida; internet; redes sociais


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