Resumo
O presente artigo sintetiza resultados de uma dissertação de mestrado construída no contexto de um projeto de extensão da psicologia no enfrentamento à violência em escolas públicas. Como parte da equipe do projeto em uma das escolas, as autoras partem da perspectiva psicossocial da violência para investigar como estudantes de 6º a 9º ano do ensino fundamental compreendem a violência e como ela está presente no cotidiano escolar a partir de sua perspectiva. Pelo método de pesquisa-ação participação, as autoras promoveram discussões coletivas, assembleias de classe e a organização de cartazes em trios de estudantes, a partir da questão: “o que é violência?” Os cartazes e diários de campo produzidos pela equipe foram analisados, e extraiu-se os tipos de violência presentes nos relatos dos estudantes, bem como indicadores de sentido destas vivências para eles. Identificou-se o valor instrumental atribuído à violência, naturalização das agressões e descrença nos encaminhamentos da escola.
Palavras-chave:
Violência escolar; Psicologia escolar; Psicologia da libertação