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“BATUCA LÁ, QUE EU BATUCO CÁ”: OS TERREIROS DE UMBANDA E SUAS CONJUNTURAS SOCIAIS

“GOLPEA EL TAMBOR AHÍ, QUE LO GOLPEO ACÁ”: LOS TERREIROS DE UMBANDA Y SUS CONJUNCIONES SOCIALES

“YOU HIT THE DRUM THERE, I HIT THE DRUM HERE”: UMBANDA MEETING PLACES AND THEIR SOCIAL CONJUNCTURES

Resumo

As religiões afro-brasileiras surgiram quando milhares de africanos foram trazidos das suas terras natais para o Brasil com o intuito de terem suas forças de trabalho, bem como a si próprios, transformados em mercadorias. Este artigo traz como campo de problematização as tessituras dialógicas das religiões de terreiros com o contexto social, econômico e político nas quais elas estão inseridas. Metodologicamente, nos filiamos ao referencial da Análise Institucional “no Papel”. Os sujeitos foram três líderes de terreiros e os respectivos praticantes/consulentes dos estabelecimentos religiosos que os mesmos conduziam. No cenário urbano, podemos afirmar que situações de violência circundam os sujeitos devotos de tais religiões, os quais têm ocupado zonas historicamente impossibilitadas do acesso à saúde, educação, assistência, segurança, moradia, transporte público de qualidade e infraestrutura urbana. Tais situações operam no nível do instituído, produzindo, muitas vezes, reverberações nos modos de ser e de existir dos adeptos e consulentes dessas crenças.

Palavras-chave:
Religião; Discriminação social; Iniquidade social

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