O presente artigo traz reflexões acerca do brincar e da infância na contemporaneidade, tendo como eixo as contribuições de Walter Benjamin em seus escritos sobre os brinquedos. A posição subjetiva na contemporaneidade, marcada pela autonomização e o individualismo, reflete-se nas vias de transmissão educacional. Considerando-se que o brincar é um processo que produz subjetividades, observa-se que hoje as crianças encontram-se confrontadas com a crescente subtração deste espaço de criação, por excelência. Efeitos desta posição podem ser evidenciados na clínica psicanalítica, na qual as crianças manifestam dificuldades em relação a colocar em jogo a criação, revelando traços dos efeitos de transmissão que o social rege.
infância; criança; brincar; brinquedos; subjetividade; contemporaneidade; transmissão; narrativa; sociedade