Neste trabalho propomos articular subjetividades e espaços através de imagens, estas compreendidas no sentido que delas podemos apreender a partir dos escritos do filósofo alemão Walter Benjamin. Em Imagens do Pensamento, Benjamin nos convida a ler-ver imagens, não enquanto matéria a ser decifrada, tampouco como mera representação do mundo, mas como força que pode produzir estranhamento a partir de sentidos que não se completam, que não se encerram em si mesmos, não totalizam. Sentidos incompletos que saltam a partir de seus encontros, de suas montagens. Teceremos, assim, articulações entre subjetividades e espaços através de algumas imagens da Paris de Haussmann, das provocadoras cidades invisíveis de Ítalo Calvino e da porosidade de Nápoles, narrada por Walter Benjamin. As questões que permeiam este trabalho são: o que as cidades-imagem afirmam e como elas interpelam o campo de estudos da subjetividade.
subjetividades; espaços urbanos; imagem