RESUMO
Após séculos de fraturas, o século XX se tornou conhecido como o século do ecumenismo. A confessionalização da segunda metade do século XVI, levando à Guerra dos Trinta Anos, aprofundou o distanciamento entre as igrejas no Ocidente. Os esforços do Pietismo protestante e do Iluminismo buscaram romper com as fronteiras confessionais, mas somente a partir do século XIX, ocorrem laços ecumênicos concretos. Já no século XX, o Concílio Vaticano II fomentou novo reavivamento do ecumenismo. O objetivo deste artigo não é analisar propriamente a dimensão ecumênica do Concílio Vaticano II, mas, a partir de sua concepção eclesiológica, identificar aproximações com a eclesiologia protestante, em particular, a luterana. Iniciaremos com uma análise da concepção de Igreja pela Reforma Luterana, depois buscaremos aproximações à eclesiologia católico-romana do Vaticano II. Finalmente, colocaremos alguns teólogos católico-romanos e protestantes em diálogo, buscando identificar possibilidades ecumênicas na perspectiva da unidade na diversidade reconciliada.
PALAVRAS-CHAVE
Vaticano II; Ecumenismo; Protestantismo; Luteranismo; Diversidade