RESUMO
Não é raro colar ao padre António Vieira a etiqueta do “messianismo” – o que aconteceu até com ilustres vieiristas –, mas isso é claramente um erro. Ao Tribunal do Santo Ofício de Coimbra, o jesuíta confessou ser “milenarista”, simplesmente porque acreditava no advento de um “novo estado” da Igreja, que ele denominava “Reino de Cristo consumado na Terra” e que identificava com o novo éon anunciado pelos profetas veterotestamentários e iniciado em Jesus Cristo (ver A chave dos profetas). O tema aqui abordado – a relação de Vieira com a tradição – permite compreender a sua determinação em dar uma resposta nova a uma nova realidade: a possibilidade de evangelização (e conversão) do mundo inteiro.
PALAVRAS-CHAVE
Escritura; Padres da Igreja; Teologia; Tradição