RESUMO
O presente artigo se desenvolve a partir do contexto da Indonésia. Esse país é caracterizado por sua pluralidade em termos de religião, crença, língua, cultura e etnia. Começo a refletir sobre o discurso do silêncio, explorando os rituais praticados pelos hindus em Bali e por vários muçulmanos em Java. Faz-se então um estudo disso a partir de uma perspectiva filosófica na qual o silêncio pode ser entendido como o início da escuta. Em seguida, elaboro o tema a partir de uma perspectiva teológica, na qual se focaliza a figura de Maria, a Mãe de Jesus, na qual o silêncio na escuta pode ser considerado como forma de viver a fé que busca a compreensão e a sabedoria. Finalmente, coloco a questão das circunstâncias das relações inter-religiosas. Nestas, o silêncio na escuta pode ser considerado como um tipo de cultura que requer certas condições, algumas das quais são a prontidão para lidar com tensões internas e a capacidade de escutar através da audição interna do coração por meio do discernimento.
PALAVRAS-CHAVE
Silêncio; Escuta; Fé; Compreensão e sabedoria; Relação inter-religiosa