O objetivo deste artigo é realizar uma análise fatorial confirmatória de um modelo canadense de trabalho com sentido. Participaram desta pesquisa 446 profissionais das indústrias criativas das regiões centro-oeste e nordeste do Brasil. Esses participantes responderam à Escala do Trabalho com Sentido (ETS), composta por 25 itens. Foram testados tanto o modelo original canadense de cinco fatores como o de seis fatores previamente validado para o contexto brasileiro. Os resultados indicam que, globalmente, os dois modelos reespecificados apresentam evidências de adequação. Porém, a inspeção do ajuste local revela problemas em ambos, particularmente em relação a dois fatores: desenvolvimento e aprendizagem, e expressividade e identificação no trabalho. Discute-se em que medida esses achados podem estar associados a influências culturais e ocupacionais. Conclui-se que o constructo do trabalho com sentido, embora possa variar em conteúdo, resiste a possíveis diferenças de subculturas no contexto brasileiro.
trabalho; significado; atitudes do empregado