Resumo
Neste trabalho, descrevemos algumas das causas que levam Aaron T. Beck a abandonar a psicanálise e participar da criação da terapia cognitiva. Com este objetivo, vamos descrever os trabalhos de investigação desenvolvidos por Beck entre 1959 e 1962, quando começa a processar os dados que derrubarão a hipótese explicativa psicanalítica da depressão. Nesta análise, incluiremos alguns elementos que consideramos essenciais para entender esse processo de mudança: a obtenção de um subsídio para pesquisar a depressão e a presença de colaboradores como Marvin Hurvich e Seygmour Feshbach, cujas novas ferramentas e metodologias ajudaram Beck a testar a hipótese psicanalítica da depressão. Por último, incluiremos questões que se referem às políticas de investigação do Instituto Nacional de Saúde Mental, assim como motivos pessoais e de política institucional.
Palavras-chave:
terapia cognitiva; psicanálise; Instituto Nacional de Saúde Mental