A consciência é o principal elemento de uma teoria robusta da vida mental. Entendida como artifício evolutivo, pode ter sido a sede de processos de redescrição valorada de atos e percepções presumidos. A consciência que surge da sincronização de módulos neuronais seria, na hipótese desse artigo, algo que emerge de quatro condições necessárias da evolução: o aumento de tecido cerebral (particularmente neocórtex), o surgimento da linguagem, a possibilidade de recombinação de módulos de processamento neuronal através de sincronismos e a necessidade de estabelecimento de um discurso valorado da ação, condição para o surgimento de uma postura ética perante o semelhante.
Consciência; Cognição; Mente; Neurociências; Cultura