Resumo
O campo da cognição tem uma longa história na qual modelos formais, o corpo, e a interação com o mundo físico e social tiveram significados e papéis variados. Nos últimos anos, as propostas tentaram reintroduzir o corpo e a variabilidade cognitiva resultante da sensibilidade a contextos ricos e imprevisíveis. Este artigo apresenta o enativismo autopoiético, uma das versões essenciais das teorias corporizadas dentro das ciências cognitivas, apontando algumas limitações das teorias clássicas de processamento de informação e as suas noções de representação. Nesse distanciamento, as ciências cognitivas recuperaram o corpo, a sensibilidade e flexibilidade dos processos cognitivos, a natureza dinâmica da experiência e o valor dos sistemas culturais que sustentam a atividade cognitiva.
Palavras-chave:
enativismo; teorias enativas; 4E cognição; interação; teorias encarnadas