Resumo:
Esta revisão teórica tem como objetivo refletir sobre as estruturas coloniais e a continuidade entre o colonialismo moderno e a colonialidade global. Como problematização da Psicologia hegemônica moderna/colonial, identificamos algumas expressões da reprodução colonial, em particular o silenciamento epistêmico dos povos tradicionais/ancestrais. Articulamos reflexões em torno de feminismos negros, epistemologia ch’ixi e biointeração que inspiram a contracolonização, descolonização e despatriarcalização da Psicologia como posições centrais para outras psicologias. Consideramos o risco de recolonização, sobre o qual nos alerta Silvia Rivera-Cusicanqui ( 2010Rivera-Cusicanqui, S. (2010). Ch’ixinakax utxiwa: Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón. ). Assim, reivindicou-se a emergência de psicologias contra-hegemônicas capazes de se mobilizar, florescer e se redefinir como expressão de saberes comprometidos com os povos da terra e com a vida.
Palavras-chave:
epistemologia; descolonial; psicologia