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Cultura de tecido profundo e hemocultura em cães com feridas e sepse

RESUMO:

As feridas contaminadas e infectadas em cães ocorrem com grande frequência na medicina veterinária e podem causar síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse e morte. Os objetivos do presente trabalho foram verificar a viabilidade da técnica de coleta de material da ferida por biópsia para realização de cultura microbiana, determinar a frequência das bactérias nas culturas das feridas e hemoculturas e a susceptibilidade destes agentes aos antimicrobianos, bem como avaliar parâmetros clínicos que pudessem ser relacionados ao prognóstico em 30 cães com feridas e sinais de SIRS/sepse. Foram isoladas bactérias de todas as feridas e a técnica de coleta de material para cultura por biópsia permitiu a obtenção de 41 agentes microbianos, sendo isoladas 53,66% bactérias Gram negativas e 46,34% Gram positivas, principalmente Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus spp. As bactérias gram positivas isoladas foram Streptococcus spp., Enterococcus spp. e Staphylococcus spp. A taxa de sobrevivência foi 66,67%. Na hemocultura constatou-se bacteremia em sete pacientes, com predominância de bactérias Gram negativas, o que influenciou negativamente na sobrevivência dos pacientes, pois seis cães vieram a óbito. A hipoglicemia (≤60mg/dL) ou hiperglicemia severa (≥180mg/dL), também influenciaram negativamente a sobrevivência, pois 23,33% dos pacientes hipo/hiperglicêmicos vieram a óbito. Já fatores como nível sérico de lactato na admissão do paciente, pressão arterial média (PAM) e hematócrito não apresentaram correlação estatística com o óbito ou sobrevivência destes pacientes.

TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Cultura de tecido; hemocultura; cães; sepse; bactérias; bacteriemia; glicemia

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