RESUMO:
A ehrlichiose monocítica canina (CME) é uma doença infecciosa transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus sensu lato com distribuição mundial causada por Ehrlichia canis, que pode produzir uma doença grave se não foi diagnosticada e tratada precocemente. A confirmação da doença é feita diretamente pela detecção do DNA fazendo a reação em cadeia da polimerase (PCR) ou indiretamente por métodos sorológicos. O objetivo deste estudo foi comparar o método sorológico baseado na imunocromatografia e a técnica de PCR para o diagnóstico de E. canis em cães suspeitos da Cidade de Buenos Aires e da região sul da Grande Buenos Aires. As amostras de sangue de 20 cães clinicamente saudáveis (Grupo Controle) e de 80 cães com suspeita clínica de CME (Grupo 1-4) foram avaliadas em paralelo. O diagnóstico serológico foi feito pelo teste imunocromatográfico SPEED® EHRLI (BVT, França). Para a detecção molecular, foi utilizada uma PCR de triagem para amplificar um fragmento de 345 pb do gene que codifica a subunidade 16S do rRNA da família Anaplasmataceae. As amostras positivas depois foram processadas pela PCR aninhada específica para E. canis. No Grupo Controle, a presença de E. canis não foi detectada por PCR ou anticorpos específicos com o teste imunocromatográfico. No grupo em que a sorologia foi solicitada inicialmente (1 e 2), a concordância entre os testes foi baixo (kappa: 0,200) enquanto que no grupo onde o teste inicialmente solicitado foi a PCR, a concordância entre os testes era adequado (kappa: 0,650). A concordância entre os testes avaliados na população total estudada foi moderada (kappa: 0,496). Em conclusão, os resultados do nosso estudo sugerem que o uso de testes serológicos rápidos inicialmente, juntamente com a confirmação subsequente por PCR, permitirá melhorar o diagnóstico de CME.
TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Ehrlichiose monocítica; caninos; Buenos Aires; teste serológico; teste molecular; cães; diagnóstico; ehrlichiose; PCR; bacterioses