RESUMO:
Considerando-se à prática de utilizar “levedo de cerveja” (LC) - resíduo líquido da indústria cervejeira - na alimentação de animais, em alguns estabelecimentos no sul do Estado do Rio de Janeiro, esse estudo foi realizado para estabelecer as margens de segurança e os quadros epidemiológico e clínico, bem como sugerir medidas profiláticas que impeçam ou minimizem esse tipo de intoxicação alcoólica para ovinos e suínos. Verificou-se que o quadro clínico na intoxicação por ingestão controlada de LC por sonda em ovinos e na intoxicação natural e ingestão espontânea controlada em suínos, caracterizou-se principalmente por andar cambaleante, tropeços e quedas. Concentrações de 3,8 e 8,875mL/kg de etanol contido no LC, causaram quadros clínicos leve a moderado e grave em suínos e ovinos, respectivamente. Como medidas profiláticas sugere-se: diluição adequada do LC com água, soro de leite ou com o LC já estocado na propriedade (LC antigo); administração do LC proporcional ao peso/tamanho dos animais, administração contínua, sem interrupções, disponibilizar outro alimento no cocho, como farelo de soja ou fubá de milho e água à vontade. Conclui-se que apesar de o LC ser cada vez mais utilizado nas propriedades criadoras de ovinos e suínos no sul do Estado do Rio de Janeiro já que, muitos proprietários aplicam uma ou mais medidas profiláticas aqui sugeridas, as intoxicações pelo etanol, contido no LC são pouco frequentes e raramente ocorrem mortes, de forma que esse produto deve ser utilizado, desde que as medidas profiláticas sejam observadas.
TERMOS DE INDEXAÇÃO: “Levedo de cerveja”; intoxicação por etanol; ovinos; suínos