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Seguros para os pobres: ironias da financeirização na África do Sul

Bähre, Erik. Ironies of Solidarity: insurance and financialization of kinship in South Africa. . 2020. Londres: Bloomsbury Publishing, 1. 264

O livro Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa , escrito por Erik Bähre e publicado em 2020, é leitura obrigatória para aqueles interessados nos processos de financeirização da vida cotidiana no chamado Sul Global. Foi recentemente publicado em português (2023BÄHRE, Erik. 2023. Ironias da solidariedade: Cuidado e crueldade na África do Sul pós-apartheid. São Carlos, EdUFSCAR.), pela EdUFSCAR, com o título Ironias da solidariedade: Cuidado e crueldade na África do Sul pós-apartheid .

A etnografia sensível realizada pelo antropólogo holandês, na Cidade do Cabo, desloca pressupostos e traz uma original contribuição para os estudos sociais da economia e das relações entre moralidades e mercados. Mais do que isso, traz insights e proposições metodológicas relevantes para uma abordagem do capitalismo financeiro global a partir das contradições produzidas no dia a dia das pessoas. O livro chama atenção para o fato de o seguro, especialmente em sua forma comercializada por grandes instituições financeiras, ser um tipo de solidariedade distinto das formas usualmente estudadas pelos antropólogos. A teoria antropológica se dedicou mais detidamente ao estudo de formas de solidariedade comunitárias e, usualmente, apreende “o mercado” ou “o neoliberalismo” como uma força que corrompe as esferas da intimidade e dos laços pessoais.

Bähre parte da seguinte questão de pesquisa: “Em que medida os produtos de seguro aliviam as injustiças sociais, especialmente aquelas causadas pela violência e pelas desigualdades? Ou a financeirização acaba por reproduzir certas injustiças sociais, ou mesmo cria novas?” (Bähre, 2020BÄHRE, Erik. 2020. Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa. Londres, Zed Books. DOI: 10.5040/9781350220867.
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: 14 – tradução livre). Para responder tal questão, o autor escapa de visões simplificadas que associam precipitadamente o processo de financeirização da economia na África do Sul com o neoliberalismo e, por sua vez, imputam causalidade a esse processo na produção de violência e desigualdade. A financeirização na África do Sul não está ligada a um movimento neoliberal, mas, sim, ao fim do apartheid e ao estabelecimento de uma democracia inclusiva, com políticas que pretendiam superar o racismo e as desigualdades sociais, as quais forçaram o setor financeiro a ser mais inclusivo através da venda de apólices de seguros para os mais pobres. A expansão dos setores financeiros, portanto, está relacionada ao projeto político de âmbito nacional que visava a submeter o mercado à inclusão social.

A Cidade do Cabo é considerada uma das mais violentas cidades do mundo. É marcada pela distribuição desigual das riquezas e vista por muitos como a esperança perdida. Nesse contexto de frustração, as seguradoras tentam vender seguros para africanos predominantemente pobres, prometendo deter adversidades e mitigar riscos. Ao invés de culpar automaticamente o neoliberalismo ou outras forças externas pela financeirização, violência e desigualdade na África do Sul, o antropólogo propõe uma interpretação mais sofisticada que traz a ironia para o centro da sua abordagem teórico-metodológica. Segundo ele,

A ironia oferece uma visão mais matizada porque revela como as pessoas vivenciam e lidam com aspectos simultaneamente opressores e libertadores de abstração e despersonalização. […] “Culpar” forças abstratas como o neoliberalismo corre o risco de reificar a ideia de que a solidariedade e a reciprocidade são harmoniosas e dignas, especialmente quando o reino da intimidade não está “contaminado” por cruéis forças econômicas e políticas externas”

(Bähre, 2020BÄHRE, Erik. 2020. Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa. Londres, Zed Books. DOI: 10.5040/9781350220867.
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: 11 – tradução livre).

O autor escapa de uma visão purista dos reinos do parentesco, da casa, da comunidade e da vizinhança como livres de violências, conflitos e opressões, e, ao contrário, demonstra como tanto as relações pessoais quanto as abstrações produzidas pelas instituições financeiras são repletas de ambiguidades e ironias, assim como são simultaneamente fonte de crueldade e liberdade.

Foi no contexto democrático pós-apartheid que as seguradoras passaram a dedicar seus esforços para vender seus produtos às pessoas mais pobres na África do Sul. Tais esforços atraíram milhões de novos clientes, e as seguradoras se voltaram também para o mercado global, comercializando para o resto do continente e para mercados emergentes de outros países. A motivação para atingir novos mercados não era apenas comercial, mas também alinhada às políticas de governo que incentivavam as empresas financeiras a oferecer serviços mais inclusivos para a população predominantemente africana. Nessa linha de argumentação, o autor mostra como essas mudanças profundas refletem o que ele chama de “ironias de solidariedade”.

No livro, o seguro é visto como uma forma de apoio mútuo, isto é, uma forma de solidariedade na qual as pessoas juntam dinheiro para lidar com as incertezas e para superar as adversidades da vida cotidiana. No entanto, em muitas situações, as apólices de seguro podem causar mais problemas, agravar a insegurança ou intensificar os conflitos violentos nas comunidades e famílias. Sendo assim, a solidariedade dos seguros é irônica porque oferece cuidado, proteção, compartilhamento e ajuda em tempos de adversidade; ao mesmo tempo, essas mesmas soluções podem criar conflitos, violência, desigualdades e exclusão. A ironia muitas vezes é ambígua, pois a solidariedade do seguro aparentemente oferece uma fuga da tensão, como se criasse uma força libertadora, mas na realidade a libertação é apenas parcial, porque as pessoas continuam cuidando umas das outras com múltiplas formas de solidariedade e também porque o seguro produz suas próprias crueldades particulares, criando limites restritivos das liberdades individuais.

Em consonância com uma crescente bibliografia dos estudos sociais sobre os mercados financeiros e, em especial, do mercado de seguros (Zelizer, 2017ZELIZER, Viviana. [1979] 2017. Morals and markets: The development of life insurance in the United States. Nova York, Columbia University Press. DOI: 10.7312/zeli18334.
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; Ho, 2009HO, Karen. 2009. Liquidated: an ethnography of Wall Street. Durham, Duke University Press. DOI: 10.1215/9780822391371.
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; Roy, 2010ROY, Ananya. 2010. Poverty capital: Microfinance and the making of development. Nova York e Londres, Routledge. DOI: 10.4324/9780203854716.
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Riles, 2011RILES, Annelise. 2011. Collateral knowledge: Legal reasoning in global financial markets. Chicago, University of Chicago Press. DOI: 10.7208/chicago/9780226719344.001.0001.
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), o livro nos mostra a importância de uma abordagem sobre a financeirização do seguro para a compreensão de como as ironias impulsionam a mudança socioeconômica, bem como para conceituar os encontros íntimos com os mercados financeiros globais e para teorizar o cuidado e o conflito como constituintes dos mecanismos de solidariedade.

Tomando como metodologia a metáfora das ironias e ambiguidades da solidariedade, Erik Bähre argumenta que as relações fruto do mercado de seguros são profundamente ambivalentes. Elas criam, simultaneamente, uma saída para a violência e para a desigualdade, mas produzem também suas próprias formas de violência e discriminação. Cuidado e violência, na abordagem do autor, estão intimamente ligados. Os seguros ajudam a enfrentar as adversidades da vida cotidiana, mas também podem muitas vezes piorar as circunstâncias e gerar mais conflitos burocráticos, familiares e socioeconômicos.

A democratização sul-africana veio atrelada à esperança de fim da subjugação dos africanos negros pelo sistema de controle do trabalho e da terra imposto pelas elites brancas. Uma série de políticas foram criadas pelo governo pautadas pela ideia de redistribuição de recursos, seja pela obrigatoriedade de inclusão dos negros em empresas e corporações, seja pela concessão de financiamento para empoderamento de empreendedores negros ou pela concessão de benefícios sociais. No entanto, como a descrição detalhada do autor demonstra, tal processo não ocorreu sem conflitos e é marcado por uma série de ironias e contradições, assim como produziu diversas consequências para as relações domésticas, de parentesco e de vizinhança. Com os ricos dados empíricos apresentados, o/a leitor/a aprende como a disputa por recursos usualmente vem atrelada ao uso da força (da África do Sul ao Brasil). Um contexto tão distante, mas ao mesmo tempo tão familiar se abre: formação de máfias locais para “redistribuir” os recursos do governo; ameaças de morte entre empreendedores negros que marcam a disputa por financiamentos públicos; conflitos entre gerações nas famílias pelos auxílios concedidos pelo governo; e, ainda, a expansão de igrejas neopentecostais de origem brasileira que, pautadas na teologia da prosperidade, angariam cada vez mais fiéis desejosos de melhorias de vida e de acesso a bens de consumo. Como o autor argumenta, influenciado pelo trabalho de Guyer ( 1995GUYER, Jane. 1995. Money matters: Instability, values and social payments in the modern history of West African communities. Portsmouth e Londres, Heinemann and James Currey. ), há uma pluralidade de regimes econômicos e financeiros que atravessam a experiência das pessoas, os quais nos forçam a repensar as práticas econômicas como impulsionadas não apenas pelo Estado ou pelo mercado.

Nessa direção, o capítulo 4 mostra como as seguradoras criaram um novo segmento de mercado consumidor e como o “penetraram” 1 1 O autor argumenta que existe um discurso sexualizado em que há o uso de metáforas que naturalizam uma hierarquia de negócios masculinos ativos e clientes femininas passivas, ou seja, o uso de metáforas agressivas e sexualmente carregadas. na África do Sul. Tal segmento é voltado para os africanos pobres e de classe média baixa que vivem em distritos da Cidade do Cabo. Sendo assim, o capítulo foca nas classificações do mercado de seguros e mostra como as seguradoras classificam riscos, custos e populações potenciais para desenvolver produtos, serviços e infraestruturas específicas. Erik Bähre demonstra como essas classificações são cruciais para a compreensão dos riscos e da visão dos mercados, como são construídas simbolicamente por meio da linguagem e quais suas consequências políticas e sociais. As classificações são modeladas principalmente por técnicas dominadas pela ciência atuarial – conhecimento estatístico usado para calcular riscos, para previsões do futuro e para evitar eventos indesejados.

Nessa linha de argumentação, o antropólogo mostra no decorrer do capítulo como as ferramentas de classificação utilizadas na África do Sul foram importantes para o estabelecimento de novos mercados financeiros. Tais ferramentas são representações simbólicas que oferecem métricas comuns para interesses diversos entre seguradoras, outros mercados, organizações e governo. Dessa maneira, as ferramentas classificatórias aliviam tensões e resolvem certas injustiças sociais, mas por outro lado, elas ironicamente revelam a reprodução social e simbólica dessas mesmas divisões e injustiças, particularmente em relação à raça e às desigualdades econômica e sexual. Sendo assim, há uma violência na abstração dessas ferramentas, pois criam uma distância confortável das realidades cotidianas e criam espaço para desumanização. Nessa linha, o autor argumenta que as classificações nunca são meros reflexos de fenômenos técnicos ou naturais, mas introduzem moralidades. Elas criam ordem social e moral. As técnicas estatísticas também são discursos morais que expressam problemas e soluções para a sociedade.

Embora as categorias e os sistemas de classificação possam parecer neutros e evidentes, eles não são, especialmente quando se trata de seguros. As classificações que as seguradoras usam para identificar riscos e oportunidades de marketing não são meras representações técnicas do mundo: são centrais para a compreensão das pessoas sobre as ameaças morais e sociais à sociedade.

(Bähre, 2020BÄHRE, Erik. 2020. Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa. Londres, Zed Books. DOI: 10.5040/9781350220867.
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: 77 – tradução livre).

O antropólogo nos mostra que, embora existam essas classificações de risco para precificar os custos, as práticas diárias são mais aleatórias no mercado de seguros voltados às classes mais baixas. Os atuários, por exemplo, se utilizam de suas intuições ou habitus profissional, bem como estratégias de acerto e erro para definir os riscos e custos. Nesse segmento específico, as seguradoras também dizem encontrar problemas de não conseguir cortar os custos operacionais que, na verdade, estão relacionados aos riscos a que a população pobre está exposta na Cidade do Cabo. Como consequência, muitos dos riscos de suas vidas cotidianas são excluídos das apólices de seguros.

Sempre pensando nas ambiguidades, Erik Bähre se detém nas ironias da inclusão financeira que supostamente iria encolher as desigualdades econômicas e raciais, mas que as reproduziu diante da tentativa de limitar os custos operacionais das seguradoras. A fim de tornar o seguro mais acessível, o autor aponta que a vulnerabilidade se estende na medida em que a redução de custos é transferida para o “mercado local”. Através de dois casos empíricos, o autor demonstra que as ambiguidades apontam, por um lado, que as apólices de seguro não são capazes de mitigar (da maneira esperada) os riscos, mas, por outro lado, os clientes não têm sucesso ao mobilizar os seus recursos e as suas redes sociais para obter ajuda, além de vivenciarem experiências frustrantes com as burocracias impostas pelas grandes companhias.

Já no capítulo 6, Bähre se debruça nas razões pelas quais as pessoas optam por seguros de vida na Cidade do Cabo, apesar das frustrações e reclamações frente à crescente indústria seguradora e embora as pequenas sociedades funerárias locais funcionem bem. Na sua visão, isso se explica pelo fardo da sociabilidade e pelo encantamento da burocracia e das finanças abstratas. Em outras palavras, o fascínio que as pessoas têm por um mundo idealizado, despojado de sociabilidade e moralidades, conflitos e hierarquias, representado nas grandes instituições financeiras globais.

Para dar consistência ao seu argumento, utiliza-se da metáfora weberiana da “gaiola de ferro” – na realidade defende uma tradução diferente como uma “construção com estrutura de aço”. Com um significado mais ambíguo que “gaiola”, sugere o termo que, em sua visão, remete a um confinamento mais como forma de proteção, que pode ser aberto, como um “invólucro” ou “concha”. Nesse sentido, a metáfora é útil para uma compreensão mais irônica da modernidade e da burocracia, que, por um lado, podem ser desumanizantes e opressoras, mas também podem fornecer progresso e proteção.

O autor também reflete sobre a visão estereotipada que os atuários brancos sul-africanos têm de seus clientes pobres e negros. Em contraste, a partir da sua etnografia, demonstra as visões desses clientes a respeito das seguradoras, bem como as redes sociais formadas entre eles, vizinhos e outros migrantes na Cidade do Cabo. Nesse momento fica evidente por que muitos enxergam o seguro burocrático como uma alternativa na esperança de fugir de dependências pessoais e familiares.

A ironia entre o esperado e o desfecho, ou entre a expectativa e a realidade, é explorada por Erik Bähre nos capítulos seguintes. O autor propõe uma reflexão sobre os seguros de vida e os riscos morais cotidianos embutidos nas relações pessoais entre quem está com a vida segurada e as respectivas redes de parentesco. A partir das cenas descritas de maneira muito qualificada, é possível identificar o modo como o capital financeiro global está ligado à vida privada das pessoas. O seguro de vida revela o cuidado e a garantia de um “funeral digno”, mas “abre a porta a alegações de egoísmo e ganância” (Bähre, 2020BÄHRE, Erik. 2020. Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa. Londres, Zed Books. DOI: 10.5040/9781350220867.
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: 143). O autor explora rumores sobre pessoas que matam os seus filhos, irmãos e pais para ficarem com o dinheiro dos seguros de vida, e nos leva a perceber as semelhanças dessas histórias com casos concretos. O seguro de vida gera, para além dos rumores, medos reais de que as redes pessoais de parentesco possam se beneficiar financeiramente das mortes dos familiares. A ironia da solidariedade pode ser muito óbvia quando as pessoas cometem fraudes ou mandam matar familiares para receber o seguro de vida, porém pode ser mais abstrata quando isso está camuflado com o cuidado e a ajuda financeira com os funerais dos familiares.

Na conclusão, o autor reforça a sua instigante proposição de deslocamento de abordagem: do neoliberalismo para a ironia. Uma vez mais, ele defende que a lente do neoliberalismo não ajuda a entender o processo de financeirização na África do Sul posto em prática pelas políticas de democratização pós-apartheid. A lente de análise do neoliberalismo traz problemas tanto empíricos quanto teóricos.

Empíricos, pois a expansão dos serviços financeiros na África do Sul nada tem a ver com um movimento neoliberal, mas com políticas governamentais de inclusão racial. O governo democrático passou a solicitar e, muitas das vezes, obrigar que seguradoras e outras instituições financeiras incluíssem os africanos negros nos seus portfólios de clientes e produtos.

Em termos teóricos, a lente do neoliberalismo é limitante, pois desconsidera a ambivalente característica do dinheiro de ser tanto social quanto abstrato. Ou seja, existe no interior das relações sociais, mas também é capaz de funcionar para além delas. Ao culparmos o neoliberalismo por todas as mazelas associadas à violência e à desigualdade, desconsideramos que, na esfera da intimidade e das relações de parentesco e de vizinhança também há violências, hierarquias e mecanismos de reprodução das desigualdades. Assim, não podemos esquecer que a abstração ofertada pelas finanças pode também ser libertadora dos grilhões da sociabilidade e sofrimentos associados.

Enquanto cientistas sociais, ao culparmos apenas a abstração e atribuirmos sofrimentos somente às forças da economia global, corremos o risco de cair em uma visão nostálgica das relações sociais como lócus apenas de cuidado e acolhimento. Erik Bähre não ignora que seus interlocutores, residentes das periferias da Cidade do Cabo, estão integrados à economia política global. Ao contrário, partindo de tal pressuposto, propõe uma visão alternativa que considera o sofrimento como inserido nas relações pessoais, o que, a partir de sua abordagem centrada na ironia de tais processos, nos permite compreender por que as pessoas buscam formas de solidariedade abstratas oferecidas por grandes companhias.

Referências bibliográficas

  • BÄHRE, Erik. 2020. Ironies of solidarity: Insurance and financialization of kinship in South Africa. Londres, Zed Books. DOI: 10.5040/9781350220867.
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  • BÄHRE, Erik. 2023. Ironias da solidariedade: Cuidado e crueldade na África do Sul pós-apartheid. São Carlos, EdUFSCAR.
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    » https://doi.org/10.7208/chicago/9780226719344.001.0001
  • ROY, Ananya. 2010. Poverty capital: Microfinance and the making of development. Nova York e Londres, Routledge. DOI: 10.4324/9780203854716.
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  • ZELIZER, Viviana. [1979] 2017. Morals and markets: The development of life insurance in the United States. Nova York, Columbia University Press. DOI: 10.7312/zeli18334.
    » https://doi.org/10.7312/zeli18334
  • O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
  • 1
    O autor argumenta que existe um discurso sexualizado em que há o uso de metáforas que naturalizam uma hierarquia de negócios masculinos ativos e clientes femininas passivas, ou seja, o uso de metáforas agressivas e sexualmente carregadas.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Jun 2024
  • Data do Fascículo
    2024
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