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O som da negridade em Apeshit1 1 Este texto, publicado postumamente, foi enviado pelo autor e aprovado sem mudanças pelos pareceristas, ficando apenas sua revisão final a cargo de Vi Grunvald, uma das editoras do dossiê do qual faz parte.

THE SOUND OF BLACKNESS IN APESHIT

RESUMO

Este artigo pretende abordar as questões interseccionais no campo das artes e das ciências sociais em torno das categorias raça e gênero, articuladas pelo significante da negridade. Tendo como caso de análise o vídeo da música Apeshit, lançado em 2018APESHIT. The Carters. 2018. Sony Music Entertainment. Acesso em 20/09/2021. https://youtu.be/kbMqWXnpXcA
https://youtu.be/kbMqWXnpXcA...
, este artigo foca nos regimes de dizibilidade e visibilidade que se manifestam nas estéticas musicais. Nesta discussão, a performance preta opera uma quebra com regimes de (in)visibilidade na sequencialidade instaurada por uma certa narrativa da história da arte. Sonoridade, visualidade e corporalidade traçam um emaranhado sensível em uma performance, na qual se vislumbra problematicamente a reintegração de corpos subalternizados aos espaços que lhe foram negados como espaços da sua excelência. A dimensão performativa do clipe Apeshit permite trabalhar com estratégias de imaginação/criação de mundos que jogam com as ambivalências e os códigos da cultura hegemônica no sentido de traçar rotas e quebras performativas desde uma apropriação e decodificação da dimensão normativa e paródica desses códigos.

PALAVRAS CHAVE:
Performance; som; negridade; arte; tempo

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