resumo
Este artigo compõe diálogos entre a antropologia indígena e a antropologia de comunidades pesqueiras. Analisa as técnicas produtivas e experiências corporais que mulheres oleiras e mulheres marisqueiras tecem com a lama em seus aspectos sensíveis e conceituais. Parte da noção de lama/barro, como entidade viva que possui dinâmicas materiais, históricas e afetivas singulares em cada contexto etnográfico. Assim, percorre relatos de mulheres das comunidades kichwa lamas na Amazônia Peruana e da Ilha de Itaparica na Costa Atlântica brasileira que, nos interstícios do antropo/capitaloceno, persistem nos caminhos da lama e da lua.
palavras-chave
Marisqueiras; oleiras; Kichwa Lamas; Itaparica; lama/barro