RESUMO
Contexto: nas últimas décadas, a psicologia positiva levantou a necessidade de pesquisas sobre emoções e atitudes positivas, como virtudes organizacionais e bem-estar no trabalho. Além disso, existem evidências de que as virtudes podem influenciar a percepção das práticas de gestão de pessoas e de que estas predizem bem-estar no contexto do trabalho. No entanto, a literatura sinaliza a lacuna referente aos modelos de pesquisa abrangendo a relação entre essas três variáveis.
Objetivo: este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre virtudes organizacionais e bem-estar no trabalho, mediado pela percepção das práticas de GP.
Metodologia: a pesquisa é classificada como quantitativa, realizada por meio de uma survey, com 286 participantes, utilizando a modelagem de equações estruturais, por meio do software JASP.
Resultados: os resultados confirmaram a mediação parcial desempenhada pelas práticas de GP no modelo proposto, trazendo uma contribuição teórica ao unir as três variáveis em um único modelo, com evidências psicométricas da forte previsão das virtudes organizacionais nas práticas de GP e no bem-estar no trabalho.
Conclusão: como implicação gerencial, os resultados compõem um diagnóstico que esclarece a relevância para os gerentes nas organizações de priorizar virtudes organizacionais e práticas de GP, a fim de tornar os ambientes de trabalho mais saudáveis.
Palavras-chave: virtudes organizacionais; práticas de gestão de pessoas; bem-estar no trabalho; modelo de mediação; psicologia positiva