Este artigo tem o objetivo de estudar a montagem de agenda na formulação do Plano de Bacia Hidrográfica no Comitê Itajaí. Em termos metodológicos, consiste numa pesquisa de estudo de caso qualitativo, documental e de campo, que utilizou, como métodos de coleta de dados, a pesquisa documental e a entrevista. Estudou-se o caso da decisão de cobrança pelo uso dos recursos hídricos, ao qual se aplicou o modelo de múltiplos fluxos Kingdon (2003) com o intuito de compreender a dinâmica da ação dos agentes envolvidos, em que a combinação do fluxo de problemas, do fluxo de políticas e do fluxo político levou à abertura de uma janela de política. Assim, os usuários de recursos hídricos, atuando como empreendedores de política, utilizaram a janela de política para modificar a fórmula de cobrança originalmente proposta pela diretoria do Comitê, assim, garantindo um instrumento mais adequado aos seus interesses.
montagem de agenda; cobrança pelo uso de recursos hídricos; tomada de decisão