RESUMO
Objetivo:
debater a (im)produtividade do trabalho reprodutivo, potencialidades e limites da expansão do capital sobre esse trabalho para alterar a opressão que se manifesta nas condições de exaustão das mulheres na contemporaneidade.
Marco teórico:
partimos de uma perspectiva marxiana, consideramos que os debates acerca da produtividade do trabalho reprodutivo devam superar as análises baseadas na imediaticidade deste trabalho e apreender as determinantes que envolvem a absorção pelo capital de um trabalho enquanto trabalho produtivo, reprodutivo ou improdutivo.
Métodos:
coletamos dados estatísticos secundários disponibilizados pelo IBGE, pelo Sebrae e pelo British Cleaning Council, a análise foi realizada com base no materialismo histórico.
Resultados:
demonstramos que o capital tem se apropriado produtivamente do trabalho reprodutivo, no entanto, tal apropriação não tem significado alteração das condições de divisão sexual do trabalho e exaustão das mulheres.
Conclusão:
concluímos que ao invés de a transmutação de trabalho reprodutivo a produtivo ser um avanço para a emancipação das mulheres, tem sido fonte de maior exploração de sua força de trabalho e de exaustão, uma vez que tal apropriação não supera a exploração que engendra a universalidade de opressões sob o capitalismo, conforme as necessidades de valorização do valor.
Palavras-chave:
trabalho produtivo e improdutivo; trabalho reprodutivo; divisão sexual do trabalho; teoria da reprodução social; mulheres