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Exaustas, Porém em Pé! Reflexões a Respeito do Dispositivo Imunológico Contra Travestis e Mulheres Transexuais no Sistema Educacional

RESUMO

Neste artigo discuto a exaustão vivida por travestis e/ou mulheres transexuais, negras e brancas, no sistema educacional brasileiro. Discuto também o conceito de Dispositivo Imunológico desenvolvido pelo filósofo chinês Byung-Chul Han (2015) procurando entender em que medida ele impacta ou não o cotidiano escolar de travestis e/ou mulheres transexuais, negras e brancas. Para fazer essa discussão recorro ao método (auto)biográfico desenvolvido pelo pesquisador cis gay branco Marcio Caetano (2016) por concordar que experiências, pessoais e profissionais, ainda que produzidas em contextos específicos e individualizadas, são relacionais e podem ser conectadas/comparadas com as narrações de outras histórias de vida. Assim, adotar a trajetória de vida aliada à perspectiva cultural, pós-estruturalista, com os estudos feministas, transfeministas e das relações étnico-raciais e de gênero, bem como com o conceito de interseccionalidade proposto pela jurista negra estadunidense Kimberlé Krenshaw (2002). Nenhuma categoria aqui debatida é tratada como algo estático, fixo, cristalizado, numa oposição explicita às visões essencialistas que generalizam existências e desconsideram os múltiplos processos que as envolvem.

Palavras-chave:
exaustão; travesti; escola; dispositivo imunológico; resistência

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