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Simbolismo organizacional

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

Simbolismo organizacional

As organizações são fenômenos complexos cuja interpretação depende de lentes que Gareth Morgan denominou metáforas. De tempos em tempos, uma ou outra metáfora tende a sobressair-se no campo científico como também entre outros intérpretes das organizações. A metáfora da máquina e, em seguida, a dos sistemas abertos dominaram a visão sobre organizações no último século. No entanto, a metáfora da cultura, especificamente do simbolismo, surge com a proposta de contrabalançar a influência daquelas metáforas. Valorizando a dimensão do “significado”, essa metáfora insiste na natureza socialmente construída e compartilhada das organizações. O professor Pedro F. Bendassolli, da FGV-EAESP, reúne obras nesse domínio dos Estudos Organizacionais.

ORGANIZATIONAL SYMBOLISM. Louis R. Pondy e outros (Ed) Greenwich: JAI, 1983. 324 p.

Apesar de ter sido escrito há mais de duas décadas, este livro ainda permanece atual graças à abrangência dos artigos e ao fato de vários de seus autores serem respeitados pesquisadores nesse campo. A idéia central que articula os 17 capítulos é de que as organizações são coleções de indivíduos engajados em transformações metafóricas da realidade. A reunião dessas pessoas ocorre em torno de símbolos, valores, significados e de uma identidade compartilhada.

STUDYING ORGANIZATIONAL SYMBOLISM. Michael Owen Jones. London: Sage, 1996. 88 p.

Os significados organizacionais são estudados predominantemente com metodologias qualitativas. Este livro mostra, de forma didática, algumas das principais técnicas empregadas pelos investigadores, tais como entrevistas, história oral e análise de narrativas e de discursos. Outro ponto de especial interesse no livro é a discussão que o autor promove sobre a habilidade de observação que deve possuir um pesquisador interessado em compreender as sutilezas da realidade organizacional.

SIMBOLISMO ORGANIZACIONAL NO BRASIL. Alexandre de P. Carrieri e Luiz Alex Silva Saraiva (Org) São Paulo: Atlas, 2007. 312 p.

Trata-se de uma obra em que o leitor pode encontrar a maior parte dos temas e dos interesses de pesquisa desse campo. Entre artigos teóricos e relatos de pesquisas, os capítulos versam sobre identidade organizacional, cultura, relações de poder, subjetividade, gênero nas organizações, imaginário organizacional e a questão do tempo no cotidiano do trabalho de gestores. Um ponto forte do livro, além da composição interdisciplinar dos autores, é sua abordagem crítica e seu estímulo à reflexão.

CULTURA ORGANIZACIONAL: evolução e crítica. Maria Ester de Freitas. São Paulo: Thompson, 2007. 128 p.

Em quase todas as abordagens de cultura organizacional, uma atenção especial é dada aos símbolos e valores compartilhados pelo grupo. Tais abordagens destacam a importância dos significados na construção e compreensão da realidade organizacional. Neste livro de revisão, a autora apresenta as principais correntes de estudo sobre o tema, contextualizando-as e também colocando-as em perspectiva crítica.

ORGANIZATION AND IDENTITY. Alison Pullen e Stephen. Linstead (Ed) New York: Routledge, 2005. 318 p.

É extensa a lista de obras que estudam a relação entre identidade e organizações. Podemos mesmo dizer que essa linha de investigação se prolonga sobre a cultura organizacional, notadamente pelo fato de focar os aspectos integradores de ambas nos grupos organizacionais. Esta obra se diferencia pela incorporação de um viés filosófico que dá a seus capítulos uma dimensão crítica, e mostra que o conceito de identidade organizacional ainda tem uma vida longa no campo dos estudos organizacionais.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Fev 2009
  • Data do Fascículo
    Mar 2009
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