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A competitividade da indústria brasileira de alumínio: avaliação e perspectivas

Resumos

A indústria do alumínio é um dos setores mais competitivos do país, sendo responsável por quase 10% do saldo da balança comercial brasileira. Apenas cinco empresas disputam o mercado doméstico e aproximadamente 90% das exportações brasileiras são constituídas de metal primário. A expansão desta indústria no mercado internacional deu-se num contexto de escassez energética nos países industrializados que coincide com um período de grande retração da economia brasileira. Através da análise dos determinantes das vantagens comparativas nacionais, explicam-se as razões do elevado grau de competitividade internacional alcan.çado por este setor industrial. São também indicados alguns Importantes fatores que poderão comprometer, no futuro, a competitividade das empresas brasileiras de alumínio.

Alumínio; competitividade; setor de alumínio; vantagem competitiva; estrutura setorial; competição internacional


The aluminium industry is one of the most competitive brazilian industrial sectors. It is responsable for approximately 10% of the brazilian trade balance. The companies compete in the domestic market and primary aluminium accounts for almost 90% of the exports. The expansion of this industry in the internacional market was undertaken in the context of energy scarcity in developed couniries and during a period of economic recession in Brazil. An analysis of the determinants of national competitive advantace. makes possible an understanding of the high level of competitivity of this industrial sector. Some important factors that can aftect the competitive position of brazilian aluminium companies are also pointed out.

Aluminium; competitiveness; aluminium industry; competitive advantage; structure of the industry; international competition


NOTAS E COMENTÁRIOS

A competitividade da indústria brasileira de alumínio: avaliação e perspectivas* * Agradeço ao Eng. Raymundo Machado pelas informações fornecidas e ao Prof. Dr. Jacques Marcovitch pelas valiosas sugestões. 1. PORTER, Michael E. The Competitive Advantage of Nations. New York, The Free Press, 1990. 2. Estimativa baseada na cotação média do ano (US$ 1952.77 /t), levantada pela ABAL, multiplicada pela produção mundial do mesmo ano: 17.980 mil toneladas. ASSOCIACAO BRASILEIRA DE ALUMINlO. Anuário Estatístico ABAL.1989. 3. ALUMINIUM ASSOCIATION. Aluminium statistical review 1989. Washington, 1990, 63p. 4. UNITED STATES BUREAU OF MINES. Mineral facts and problems. Washington, 1985, bul. 675, 956 p. 5. São, Paulo de. From oligopoly to competition: The changing aluminium industry. Centre d'Economic des Ressources Naturelles. Paris, 1989, 34 p. 6. ROSKILL Information services. The economics of aluminium. 2ª ed. Londres, 1985. 7. Os quais importavam minério e energia para produzir alumínio. 8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALUMINI . Op. cit. 9. ADAMS, R. G. Competitive economics and the management of structural change. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988. 10. ASSOÇIACÃO BRASILEIRA DE ALUMINIO. Op. cit. 11. MACHADO, Raymundo C. Apontamentos da história do alumínio no Brasil. Ouro Preto, Fundação Gorceix, 1985, 61 Op. 12. Dado o caráter contínuo do processo de produção do alumínio, a capacidade nominal de uma fábrica é praticamente igual à produção, podendo inclusive superá-la. 13. PORTER, M.E. Op, cit. 14. Idem ibidem, p.71. 15.RUGERONI, L. World Market Trends. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988. 16. Entrevista com Miguel de Carvalho Dias, vice-presidente da CBA, realizada em 3/7/91. 17. ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ALUMINIO. Op. cit.

James M. G. Weiss

Pesquisador da Divisão de Economia e Engenharia de Sistemas do IPT e Professor do Departamento de Planejamento e Análise Econômica Aplicados à Administração da EAESP/FGV

RESUMO

A indústria do alumínio é um dos setores mais competitivos do país, sendo responsável por quase 10% do saldo da balança comercial brasileira. Apenas cinco empresas disputam o mercado doméstico e aproximadamente 90% das exportações brasileiras são constituídas de metal primário. A expansão desta indústria no mercado internacional deu-se num contexto de escassez energética nos países industrializados que coincide com um período de grande retração da economia brasileira. Através da análise dos determinantes das vantagens comparativas nacionais, explicam-se as razões do elevado grau de competitividade internacional alcan.çado por este setor industrial. São também indicados alguns Importantes fatores que poderão comprometer, no futuro, a competitividade das empresas brasileiras de alumínio.

Palavras-chave: Alumínio, competitividade, setor de alumínio, vantagem competitiva, estrutura setorial, competição internacional.

ABSTRACT

The aluminium industry is one of the most competitive brazilian industrial sectors. It is responsable for approximately 10% of the brazilian trade balance. The companies compete in the domestic market and primary aluminium accounts for almost 90% of the exports. The expansion of this industry in the internacional market was undertaken in the context of energy scarcity in developed couniries and during a period of economic recession in Brazil. An analysis of the determinants of national competitive advantace. makes possible an understanding of the high level of competitivity of this industrial sector. Some important factors that can aftect the competitive position of brazilian aluminium companies are also pointed out.

Key words: Aluminium, competitiveness, aluminium industry, competitive advantage, structure of the industry, international competition.

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  • 1. PORTER, Michael E. The Competitive Advantage of Nations. New York, The Free Press, 1990.
  • 2. Estimativa baseada na cotação média do ano (US$ 1952.77 /t), levantada pela ABAL, multiplicada pela produção mundial do mesmo ano: 17.980 mil toneladas. ASSOCIACAO BRASILEIRA DE ALUMINlO. Anuário Estatístico ABAL.1989.
  • 3
    ALUMINIUM ASSOCIATION. Aluminium statistical review 1989. Washington, 1990, 63p.
  • 4. UNITED STATES BUREAU OF MINES. Mineral facts and problems. Washington, 1985, bul. 675, 956 p.
  • 5
    São, Paulo de. From oligopoly to competition: The changing aluminium industry. Centre d'Economic des Ressources Naturelles. Paris, 1989, 34 p.
  • 6. ROSKILL Information services. The economics of aluminium. 2ª ed. Londres, 1985.
  • 9. ADAMS, R. G. Competitive economics and the management of structural change. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988.
  • 11. MACHADO, Raymundo C. Apontamentos da história do alumínio no Brasil. Ouro Preto, Fundação Gorceix, 1985, 61 Op.
  • 15.RUGERONI, L. World Market Trends. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988.
  • *
    Agradeço ao Eng. Raymundo Machado pelas informações fornecidas e ao Prof. Dr. Jacques Marcovitch pelas valiosas sugestões.
    1. PORTER, Michael E.
    The Competitive Advantage of Nations. New York, The Free Press, 1990.
    2. Estimativa baseada na cotação média do ano (US$ 1952.77 /t), levantada pela ABAL, multiplicada pela produção mundial do mesmo ano: 17.980 mil toneladas. ASSOCIACAO BRASILEIRA DE ALUMINlO.
    Anuário Estatístico ABAL.1989.
    3. ALUMINIUM ASSOCIATION.
    Aluminium statistical review 1989. Washington, 1990, 63p.
    4. UNITED STATES BUREAU OF MINES.
    Mineral facts and problems. Washington, 1985, bul. 675, 956 p.
    5. São, Paulo de.
    From oligopoly to competition: The changing aluminium industry. Centre d'Economic des Ressources Naturelles. Paris, 1989, 34 p.
    6. ROSKILL Information services.
    The economics of aluminium. 2ª ed. Londres, 1985.
    7. Os quais importavam minério e energia para produzir alumínio.
    8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALUMINI . Op. cit.
    9. ADAMS, R. G.
    Competitive economics and the management of structural change. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988.
    10. ASSOÇIACÃO BRASILEIRA DE ALUMINIO. Op. cit.
    11. MACHADO, Raymundo C.
    Apontamentos da história do alumínio no Brasil. Ouro Preto, Fundação Gorceix, 1985, 61 Op.
    12. Dado o caráter contínuo do processo de produção do alumínio, a capacidade nominal de uma fábrica é praticamente igual à produção, podendo inclusive superá-la.
    13. PORTER, M.E. Op, cit.
    14. Idem ibidem, p.71.
    15.RUGERONI, L.
    World Market Trends. In: 5th INTERNATIONAL ALUMINIUM CONFERENCE, Caracas, 30-31 novo 1988.
    16. Entrevista com Miguel de Carvalho Dias, vice-presidente da CBA, realizada em 3/7/91.
    17. ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ALUMINIO. Op. cit.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Jun 2013
    • Data do Fascículo
      Mar 1992
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