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O LADRÃO DO TEMPO E A SUSTENTABILIDADE SOCIAL: ANÁLISE DE UM MODELO DE PROCRASTINAÇÃO NO TRABALHO

RESUMO

Embora as pesquisas sobre procrastinação no trabalho ainda sejam escassas, os estudos existentes apontam para os seus efeitos negativos em múltiplas esferas da vida pessoal e profissional com repercussões no bem-estar e na sustentabilidade social dos indivíduos. Este estudo propõe um modelo que visa esclarecer as relações entre os antecedentes e os consequentes da procrastinação no trabalho. Assim, adotou-se uma conceitualização bidimensional da procrastinação no trabalho, utilizando as dimensões de soldiering e cyberslacking. O modelo inclui o tédio no trabalho como um antecedente da procrastinação, e o estresse no trabalho e a satisfação no trabalho como seus consequentes. Os dados recolhidos a partir de uma amostra de 287 participantes foram analisados por meio do método dos mínimos quadrados. Os resultados mostram que o tédio no trabalho está positivamente associado tanto ao soldiering quanto ao cyberslacking. Os resultados também mostram que o soldiering aumenta o estresse e diminui a satisfação no trabalho. O cyberslacking não teve efeitos significativos quer sobre o estresse no trabalho, quer sobre a satisfação no trabalho. São ainda discutidas as implicações teóricas e práticas deste estudo.

Palavras-chave:
sustentabilidade social; procrastinação no trabalho; tédio no trabalho; estresse no trabalho; satisfação no trabalho.

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