RESUMO
As pesquisas sobre capacidades dinâmicas exploram como as mudanças nas empresas permitem que elas permaneçam competitivas. Entretanto, a teoria sobre capacidades dinâmicas ainda tem dificuldades em captar a novidade, essência da mudança. Este estudo argumenta que uma plena compreensão das mudanças estratégicas exige-nos aguçar nosso foco sobre pessoas e experiências reais; isso, por sua vez, exige que incorporemos em nossa teoria outras faculdades, as quais quase sempre operam em paralelo a nossas faculdades lógicas. Devemos prestar mais atenção aos lados "não racionais" de nós mesmos - inclusive, mas não somente, nossa imaginação, intuições, atrações, biografias, preferências e faculdades e capacidades estéticas. Argumentamos que, por um lado, todas essas faculdades são centrais para nossas habilidades de compreender e lidar com a complexidade e, por outro lado, favorecem novas compreensões, respostas potenciais e criatividade social. Este estudo introduz a possibilidade de uma forma alternativa de investigação que destaca o papel de faculdades poéticas no comportamento e mudança estratégicos.
PALAVRAS-CHAVE:
Capacidades dinâmicas; ação criativa; poética; mudança estratégica; transformação