Acessibilidade / Reportar erro

Efeito disposição entre gestores brasileiros de fundos de ações

O efeito disposição prevê que os investidores tendem a vender ações ganhadoras muito cedo e fazer uso de estoques de perda por muito tempo. Apesar da grande variedade de evidências de pesquisas sobre o assunto, os motivos que levam os investidores a agir dessa maneira são, ainda, objeto de muita controvérsia, havendo explicações racionais e comportamentais. Neste artigo, o objetivo principal foi testar duas motivações comportamentais concorrentes para justificar o efeito disposição: a teoria prospectiva e o viés de regressão à média. Para tal, foi realizada uma análise de transações mensais com uma amostra de 51 fundos brasileiros de capital, de 2002 a 2008, sendo que foram estimados modelos de regressão com variáveis dependentes qualitativas a fim de se definir a probabilidade de um gestor vir a ter ganho ou perda de capital em função do retorno de ações. Os resultados trouxeram evidências de que a teoria prospectiva parece guiar o processo dos gestores de tomada de decisão, mas a hipótese de o efeito disposição se dar devido à diferença para o viés de regressão à média não pôde ser confirmada.

Aversão à perda; efeito disposição; teoria prospectiva; regressão à média; regressão logística


Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo Av 9 de Julho, 2029, 01313-902 S. Paulo - SP Brasil, Tel.: (55 11) 3799-7999, Fax: (55 11) 3799-7871 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rae@fgv.br