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Factory lay-out, planning & progress

RESENHAS

Factory lay-out, planning & progress

Kurt E. Weil

Escola de administração de empresas de São Paulo

FACTORY LAY-OUT, PLANNING & PROGRESS Por W. J.Hiscox e James Stirling (Sir Isaac Pitman & Sons, Ltd., London, 4.ª edição, 1948, reimpressa em 1958; 195 páginas, 12/6 net).

Os livros desta natureza se distinguem por ter: 1) - apresentação de uma idéia nova; ou 2) - nóvo método de apresentação de uma idéia mais antiga; ou 3) - um resumo daquilo que foi publicado pelos outros autores que podem ser enquadrados em (1) ou (2), servindo de bibliografia.

Êste livro não é nada disso. Publicado pela primeira vez em 1929, teve sucessivas edições na Grã-Bretanha por ser simplesmente uma obra que explica cuidadosamente métodos práticos usados pelo seu autor. O autor não se identifica, nem coloca depois de seu nome as iniciais tão comuns na Inglaterra para identificar títulos de pessoas.

A única coisa que pode ser deduzida da leitura do livro é que o autor faleceu antes da 4.ª edição e que se declaraum "especialista", distinguindo o têrmo de expert.

A obra não tem nenhuma citação bibliográfica, mas possui uma abundância de impressos industriais que podem servir de valiosas sugestões para qualquer técnico do assunto. Trata-se de um relato honesto de problemas e soluções e, pela eumeração dos capítulos, pode-se imaginar a cobertura de assuntos da obra: 1.ª Parte - Planejamento e Roteiro da Produção - I - O que está envolvido no planejamento fabril; II - Arranjo físico da oficina para um produto padronizado; III - Divisão dos deveres dos chefes; IV - Planejamento da Produção; V - Roteiro da Produção e quadros de controle. 2.ª Parte: Acompanhamento e Controle da Produção - VI - A idéia do acompanhamento; VII - Acompanhamento de suprimentos; VIII - Rotinas de acompanhamento para circunstâncias específicas; IX - Relatórios de acompanhamento e da Produção; X - O que fazer; XI - índice e conclusões.

O livro é completo em si, explicando inclusive alguns métodos antiquados de incentivo. O que lhe dá valor até hoje é o fato de que é a experiência de um homem, esteja êle certo ou errado, e que o nível de planejamento alcançado na emprêsa em que trabalhou é o que atualmente existe em muitas emprêsas brasileiras. O livro é aquilo que se encontra em muitas indústrias nacionais, tendo até memoranda e comunicações internas que parecem saídas de qualquer mesa de trabalho de um engenheiro de Produção (págs. 172 e 174). E, considerando a importância que o autor dá ao acompanhamento e controle da Produção (mais da metade do livro é dedicada ao assunto), podemos recomendá-lo como leitura sugestiva para técnicos de qualquer nível na Produção. Não deve ser o único livro de leiaute (que não é tratado no sentido lato teórico, mas explicado em 1/4 do livro pràticamente) e planejamento da biblioteca do estudante ou do técnico, mas tem um lugar bem definido como fotografia da realidade. Não precisa ser estudado, mas deve ser lido, o que pode ser feito em aproximadamente 10 horas.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Jul 2015
  • Data do Fascículo
    Dez 1962
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