RESUMO
Este artigo estuda o desenho de espaços co-localizados e como os atores organizacionais experimentam esses espaços. A literatura sobre edifícios co-localizados é ambígua em explicar como e se uma diminuição na distância física leva a maiores esforços colaborativos. Abordando este problema, traçamos um estudo etnográfico de um centro de controle ferroviário co-localizado onde as maiores organizações ferroviárias holandesas estão alojadas sob o mesmo teto. Embora a intenção da co-localização fosse melhorar a colaboração aproximando as diferentes organizações, os nossos resultados contam uma história diferente. Os empregados ferroviários desenvolveram várias práticas territoriais através das quais resistiram ao projeto, criando um espaço do centro de controle “des-locado” em vez de co-locado. Argumentamos neste artigo que tentar entender a relação entre co-locação e colaboração não se deve apenas concentrar em como esses espaços organizacionais são desenhados e planejados mas, pelo contrário, em explicar como esses espaços onde a colaboração é exigida são experimentados e praticados pelos seus funcionários.
PALAVRAS-CHAVE Espaço organizacional; territorialidade; colaboração; co- locação; inter-organizacional.