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FATORES QUE AFETAM A ADOÇÃO DE ANÁLISES DE BIG DATA EM EMPRESAS

RESUMO

Com a quantidade total de dados duplicando a cada dois anos, o baixo preço da computação e do armazenamento de dados torna a adoção de análises de Big Data (Big Data analytics - BDA) desejável para as empresas como uma ferramenta de obtenção de vantagem competitiva. Dada a disponibilidade de software livre, por que algumas empresas não adotaram essas técnicas? Para responder a essa pergunta, estendemos a teoria unificada de adoção e uso de tecnologia (UTAUT) adaptada para o contexto do BDA, adicionando duas variáveis: resistência ao uso e risco percebido. Usamos o grau de implementação dessas técnicas para dividir as empresas em usuárias e não usuárias de técnicas de BDA. Os modelos estruturais foram avaliados por partial least squares (PLS). Os resultados mostram que a importância de uma boa infraestrutura excede as dificuldades que as empresas enfrentam para implementar BDA. Enquanto as empresas que planejam usar Big Data esperam resultados significativos, os usuários atuais são mais céticos em relação ao seu desempenho.

PALAVRAS-CHAVE:
Big Data; intenção de usar; teoria unificada de adoção e uso de tecnologia; resistência ao uso; risco percebido

ABSTRACT

With the total quantity of data doubling every two years, the low price of computing and data storage, make Big Data analytics (BDA) adoption desirable for companies, as a tool to get competitive advantage. Given the availability of free software, why have some companies failed to adopt these techniques? To answer this question, we extend the unified theory of technology adoption and use of technology model (UTAUT) adapted for the BDA context, adding two variables: resistance to use and perceived risk. We used the level of implementation of these techniques to divide companies into users and non-users of BDA. The structural models were evaluated by partial least squares (PLS). The results show the importance of good infrastructure exceeds the difficulties companies face in implementing it. While companies planning to use Big Data expect strong results, current users are more skeptical about its performance.

KEYWORDS:
Big Data; intention behavior; unified theory of acceptance and use of technology; resistance to use; perceived risk

RESUMEN

Con la cantidad total de datos duplicándose cada dos años, el bajo precio de la informática y del almacenamiento de datos, la adopción del análisis Big Data (BDA) es altamente deseable para las empresas, como un instrumento para conseguir una ventaja competitiva. Dada la disponibilidad de software libre, ¿por qué algunas empresas no han adoptado estas técnicas? Para responder a esta pregunta, ampliamos la teoría unificada de la adopción y uso de tecnología (UTAUT) adaptado para el contexto BDA, agregando dos variables: resistencia al uso y riesgo percibido. Utilizamos el grado de implantación de estas técnicas para dividir las empresas entre: usuarias y no usuarias de BDA. Los modelos estructurales fueron evaluados con partial least squres (PLS). Los resultados muestran que la importancia de una buena infraestructura excede las dificultades que enfrentan las empresas para implementarla. Mientras que las compañías que planean usar BDA esperan muy buenos resultados, las usuarias actuales son más escépticos sobre su rendimiento.

PALABRAS CLAVE:
Big Data; intención de uso; teoría unificada de la adopción e uso de tecnología; resistencia al uso; riesgo percibido

INTRODUÇÃO

Atualmente, a sociedade gera dados sobre nossas atividades a uma taxa exponencial de crescimento. Esses dados abrangem, por exemplo, os nossos celulares e a sua localização, quaisquer transações on-line, a internet das coisas, redes sociais, wearables etc. As empresas que podem transformar esses dados sobre seus clientes em informações em tempo real ganham uma vantagem competitiva substancial (Sivarajah, Kamal, Irani, & Weerakkody, 2017Sivarajah, U., Kamal, M. M., Irani, Z., & Weerakkody, V. (2017). Critical analysis of Big Data challenges and analytical methods. Journal of Business Research, 70, 263-286. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2016.08.001
https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2016.0...
). Os dados do usuário permitem que as empresas saibam quando seus clientes consomem seus produtos, os melhores momentos para promoções e como melhorar os sentimentos em relação à marca. As empresas que usam análises de Big Data (Big Data Analytics - BDA) (McAfee & Brynjolfsson, 2012McAfee, A., & Brynjolfsson, E. (2012). Big Data: The management revolution. Harvard Business Review, 90(10), 61-68. https://doi.org/10.1007/s12599-013-0249-5
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) podem processar grandes quantidades de dados, quase em tempo real, e se tornar líderes de mercado.

A adoção, implementação e gestão de BDA exige que as empresas adquiram novas habilidades. Novos perfis de carreira, como cientista de dados, que combina engenharia, estatística e um profundo conhecimento de negócios, estão entre os empregos mais procurados hoje em dia. Os funcionários com essas habilidades ajudam as empresas a extrair dados gerados pelas próprias empresas e seus clientes. Isso muda a forma como as decisões são tomadas, favorecendo uma abordagem orientada a dados em oposição a uma abordagem baseada na experiência pessoal dos CEOs (McAfee & Brynjolfsson, 2012McAfee, A., & Brynjolfsson, E. (2012). Big Data: The management revolution. Harvard Business Review, 90(10), 61-68. https://doi.org/10.1007/s12599-013-0249-5
https://doi.org/10.1007/s12599-013-0249-...
).

As empresas que utilizam BDA devem enfrentar os desafios que surgem no chamado ciclo de vida dos dados: dúvidas sobre os próprios dados, dificuldades no processamento dos dados e preocupações sobre a sua gestão (Akerkar, 2014Akerkar, R. (2014). Analytics on big aviation data: Turning data into insights. International Journal of Computer Science and Applications, 11(3), 116-127.; Zicari, 2014Zicari, R. (2014). Big data: Challenges and opportunities. In R. Akerkar (Ed.), Big Data Computing (pp. 103-128). Boca Raton, FL: CRC Press.doi:10.1201/b16014-5
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). As dúvidas sobre dados giram em torno de seu volume, variedade, velocidade, veracidade, volatilidade, valor e visualização. As tarefas de processamento de dados incluem técnicas relacionadas a aquisição de dados, armazenamento em bases de dados, limpeza e transformação de dados existentes, seleção correta do modelo e apresentação de resultados. Finalmente, o gerenciamento adequado de dados envolve considerações éticas, incluindo o respeito pela privacidade e segurança do usuário.

Como a tomada de decisão é cada vez mais orientada por dados, as empresas devem obter informações valiosas de modo eficiente a partir de um ambiente de dados em rápida mudança. Esse processo é detalhado por Agrawal, Bernstein e Bertino (2011)Agrawal, D., Bernstein, P., & Bertino, E. (2011). Challenges and opportunities with Big Data 2011-1. Proceedings of the VLDB Endowment (pp. 1-16). Retrieved from http://dl.acm.org/citation.cfm?id=2367572%5Cnhttp://docs.lib.purdue.edu/cctech/1/
http://dl.acm.org/citation.cfm?id=236757...
, como mostra a Figura 1.

Figura 1
Processos de Big Data

Como vemos, o uso de BDA pelas empresas envolve dois processos principais: gerenciamento de dados e análise de dados. Enquanto o gerenciamento de dados levanta questões de engenharia, a análise de dados está mais relacionada aos interesses dos profissionais de marketing e analytics. O BDA é o processo de obtenção de valor a partir de dados, encontrando padrões ocultos que apoiam a tomada de decisão orientada por dados.

As empresas que consideram a adoção de BDA enfrentam diversas barreiras, como falta de conhecimento, medo, resistência à mudança e limitações próprias da tecnologia (Yaqoob et al., 2016Yaqoob, I., Hashem, I. A. T., Gani, A., Mokhtar, S., Ahmed, E., Anuar, N. B., & Vasilakos, A. V. (2016). Big data: From beginning to future. International Journal of Information Management, 36(6), 1231-1247. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2016.07.009
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). No entanto, o BDA melhora a tomada de decisão delas, utilizando técnicas e softwares livres e de código aberto. Isso nos leva a dois questionamentos. Primeiro, o que afeta sua adoção? Segundo, por que muitas empresas ainda não usam o BDA? A maior parte da literatura sobre BDA concentra-se em aspectos técnicos relacionados ao seu ecossistema: desenvolvimento de aplicações, mineração de dados, análise, previsão, prescrição ou modelagem estatística (Sivarajah et al., 2017Sivarajah, U., Kamal, M. M., Irani, Z., & Weerakkody, V. (2017). Critical analysis of Big Data challenges and analytical methods. Journal of Business Research, 70, 263-286. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2016.08.001
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). Há pouca pesquisa sobre a adoção de BDA dentro de empresas (Brünink, 2016Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands).; Demoulin & Coussement, 2018Demoulin, N. T. M., & Coussement, K. (2018). Acceptance of text-mining systems: The signaling role of information quality. Information & Management. Advanced online publication. doi:10.1016/j.im.2018.10.006
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; Huang, Liu, & Chang, 2012Huang, T. C. K., Liu, C. C., & Chang, D. C. (2012). An empirical investigation of factors influencing the adoption of data mining tools. International Journal of Information Management, 32(3), 257-270. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2011.11.006
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2011...
; Kwon, Lee, & Shin, 2014Kwon, O., Lee, N., & Shin, B. (2014). Data quality management, data usage experience and acquisition intention of big data analytics. International Journal of Information Management, 34(3), 387-394. /doi:10.1016/j.ijinfomgt.2014.02.002
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2014...
; Rahman, 2016Rahman, N. (2016). Factors affecting Big Data technology adoption, 0-29. Student Research Symposium. Retrieved from http://pdxscholar.library.pdx.edu/studentsymposium%5Cnhttp://pdxscholar.library.pdx.edu/studentsymposium/2016/Presentations/10
http://pdxscholar.library.pdx.edu/studen...
; Verma, Bhattacharyya, & Kumar, 2018Verma, S., Bhattacharyya, S. S., & Kumar, S. (2018). An extension of the technology acceptance model in the big data analytics system implementation environment. Information Processing and Management, 54(5), 791-806. doi:10.1016/j.ipm.2018.01.004
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).

Este estudo, baseado no modelo de teoria unificada de aceitação e uso de tecnologia (UTAUT) (Venkatesh, Morris, Davis, & Davis, 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
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), considera o impacto de duas novas variáveis, resistência ao uso e percepção de risco, na adoção de BDA. O objetivo deste estudo é explicar a adoção e uso dessa nova tecnologia por empresas e compreender os problemas de implementação, a fim de propor recomendações aos profissionais. É por isso que fizemos uma diferenciação entre empresas usuárias e não usuárias dessa tecnologia e procuramos diferentes fatores que afetam sua aceitação e uso.

A segunda seção do artigo descreve os fundamentos teóricos do modelo proposto. A terceira seção descreve a metodologia que usamos. A quarta seção analisa os resultados obtidos a partir da aplicação do modelo em uma amostra de empresas. Por fim, apresentamos as principais conclusões teóricas e práticas, bem como as limitações da nossa pesquisa.

ANTECEDENTES TEÓRICOS E HIPÓTESES DO MODELO PROPOSTO

Análise e marketing usando Big Data

O Big Data revolucionou o marketing analytics e o marketing em geral. Forneceu novos conceitos e novas formas de fazer as coisas (Watson, 2019Watson, H. J. (2019). Update tutorial: Big Data analytics: Concepts, technology, and applications. Communications of the Association for Information Systems, 44(1), 364-379. doi:10.17705/1CAIS.04421
https://doi.org/10.17705/1CAIS.04421...
; Wedel & Kannan, 2016Wedel, M., & Kannan, P. K. (2016). Marketing analytics for data-rich environments. Journal of Marketing, 80(November), 97-121. doi:10.1509/jm.15.0413
https://doi.org/10.1509/jm.15.0413...
) para gerar uma vantagem competitiva. O BDA permite a inovação de serviços, o que cria valor estratégico para as empresas (Chiang, Grover, Liang, & Zhang, 2018Chiang, R. H. L., Grover, V., Liang, T.-P., & Zhang, D. (2018). Special issue: strategic value of Big Data and business analytics. Journal of Management Information Systems, 35(2), 383-387. doi:10.1080/07421222.2018.1451950
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).

Atualmente, o BDA está sendo usado em campanhas de marketing com o foco em aumentar o envolvimento do cliente (Liu, Shin, & Burns, 2019Liu, X., Shin, H., & Burns, A. C. (2019). Examining the impact of luxury brand's social media marketing on customer engagement: Using big data analytics and natural language processing. Journal of Business Research. Advanced online publication. doi: 10.1016/j.jbusres.2019.04.042
https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.0...
). A revisão da literatura mostra um número crescente de publicações sobre o uso de técnicas de Big Data para criar benefícios de marketing relacional. (Amado, Cortez, Rita, & Moro, 2018Amado, A., Cortez, P., Rita, P., & Moro, S. (2018). Research trends on Big Data in marketing: A text mining and topic modeling based literature analysis. European Research on Management and Business Economics, 24(1), 1-7. doi:10.1016/j.iedeen.2017.06.002
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).

A gestão de marketing pode usar a enorme quantidade de dados disponíveis (por exemplo, nas mídias sociais) para obter insights valiosos de seus clientes. As empresas que exploram o Big Data a partir das mídias sociais ganham vantagens competitivas porque conhecem melhor os clientes (Ducange, Pecori, & Mezzina, 2018Ducange, P., Pecori, R., & Mezzina, P. (2018). A glimpse on big data analytics in the framework of marketing strategies. Soft Computing, 22(1), 325-342. doi:10.1007/s00500-017-2536-4
https://doi.org/10.1007/s00500-017-2536-...
). Estudos mostram que o uso do BDA na inteligência de negócios (Sun, Sun, & Strang, 2018Sun, Z., Sun, L., & Strang, K. (2018). Big Data analytics services for enhancing business intelligence. Journal of Computer Information Systems, 58(2), 162-169. doi:10.1080/08874417.2016.1220239
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) e para manter a privacidade do cliente (Palmatier & Martin, 2019Palmatier, R. W., & Martin, K. D. (2019). Understanding and valuing customer data. In R. W. Palmatier & K. D. Martin , The Intelligent Marketer's Guide to Data Privacy (pp. 73-92). Palgrave Macmillan, Cham. doi:10.1007/978-3-030-03724-6
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) cria ativos importantes no marketing de relacionamento.

No entanto, a literatura de adoção do BDA é relativamente escassa, e está focada no nível da indústria (Lai, Sun, & Ren, 2017Lai, Y., Sun, H., & Ren, J. (2017). Understanding the determinants of big data analytics (BDA) adoption in logistics and supply chain management: An empirical investigation. International Journal of Logistics Management, 29(2), 676-703. doi. 10.1108/IJLM-06-2017-0153
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; Rehman, Chang, Batool, & Wah, 2016Rehman, M. H. U., Chang, V., Batool, A., & Wah, T. Y. (2016). Big data reduction framework for value creation in sustainable enterprises. International Journal of Information Management, 36(6), 917-928. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2016.05.013
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2016...
; Wright, Robin, Stone, & Aravopoulou, 2019Wright, L. T., Robin, R., Stone, M., & Aravopoulou, D. E. (2019). Adoption of Big Data technology for innovation in B2B marketing. Journal of Business-to-Business Marketing. Advanced online publication. doi:10.1080/1051712X.2019.1611082
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; Yadegaridehkordi et al., 2018Yadegaridehkordi, E., Hourmand, M., Nilashi, M., Shuib, L., Ahani, A., & Ibrahim, O. (2018). Influence of big data adoption on manufacturing companies' performance: An integrated DEMATEL-ANFIS approach. Technological Forecasting and Social Change, 137(March), 199-210. doi:10.1016/j.techfore.2018.07.043
https://doi.org/10.1016/j.techfore.2018....
). Poucos autores têm pesquisado quais fatores afetam a adoção do BDA por empresas.

Modelos de aceitação da análise de Big Data

A adoção de tecnologia por empresas e consumidores é fundamental para o seu sucesso. Vários modelos de adoção de tecnologia foram desenvolvidos e testados, incluindo a teoria do comportamento planejado (TPB) (Ajzen, 1991Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2), 179-211. doi:10.1016/0749-5978(91)90020-T
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) e o modelo de adoção de tecnologia (TAM) (Davis, 1985Davis, F. (1985). A technology acceptance model for empirically testing new end-user information systems. Massachusetts Institute of Technology, Sloan School of Management (December).). Mas, sem dúvida, o modelo UTAUT (Venkatesh et al., 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
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) é o mais abrangente. Esse modelo integra modelos e teorias anteriores para analisar a adoção e aceitação de tecnologias.

Estudos anteriores investigando a adoção de BDA por empresas (Brünink, 2016Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands).; Demoulin & Coussement, 2018Demoulin, N. T. M., & Coussement, K. (2018). Acceptance of text-mining systems: The signaling role of information quality. Information & Management. Advanced online publication. doi:10.1016/j.im.2018.10.006
https://doi.org/10.1016/j.im.2018.10.006...
; Huang et al., 2012Huang, T. C. K., Liu, C. C., & Chang, D. C. (2012). An empirical investigation of factors influencing the adoption of data mining tools. International Journal of Information Management, 32(3), 257-270. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2011.11.006
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2011...
; Kwon et al., 2014Kwon, O., Lee, N., & Shin, B. (2014). Data quality management, data usage experience and acquisition intention of big data analytics. International Journal of Information Management, 34(3), 387-394. /doi:10.1016/j.ijinfomgt.2014.02.002
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2014...
; Rahman, 2016Rahman, N. (2016). Factors affecting Big Data technology adoption, 0-29. Student Research Symposium. Retrieved from http://pdxscholar.library.pdx.edu/studentsymposium%5Cnhttp://pdxscholar.library.pdx.edu/studentsymposium/2016/Presentations/10
http://pdxscholar.library.pdx.edu/studen...
; Verma et al., 2018Verma, S., Bhattacharyya, S. S., & Kumar, S. (2018). An extension of the technology acceptance model in the big data analytics system implementation environment. Information Processing and Management, 54(5), 791-806. doi:10.1016/j.ipm.2018.01.004
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) usaram o TAM original (Davis, 1985Davis, F. (1985). A technology acceptance model for empirically testing new end-user information systems. Massachusetts Institute of Technology, Sloan School of Management (December).), TAM2 (Venkatesh & Davis, 2000Venkatesh, V., & Davis, F. D. (2000). A theoretical extension of the technology acceptance model: Four longitudinal field studies. Management Science, 46(2), 186-204. doi:10.1287/mnsc.46.2.186.11926
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), TAM3 (Venkatesh & Bala, 2008) ou o modelo UTAUT sem quaisquer variáveis extras. Os modelos de aceitação foram atualizados desde a sua introdução até mesmo evoluindo para novos modelos. Como o modelo UTAUT já é um modelo maduro, nós o aprimoramos com duas novas variáveis (descobertas significativas desta pesquisa), que ajudam a explicar quando as empresas optam por adotar o BDA.

A teoria do raciocínio comportamental (Claudy, Garcia, & O'Driscoll, 2015Claudy, M. C., Garcia, R., & O'Driscoll, A. (2015). Consumer resistance to innovation: A behavioral reasoning perspective. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(4), 528-544. doi:10.1007/s11747-014-0399-0
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) fornece um quadro geral em que o envolvimento do usuário é muito importante para a adoção bem-sucedida de tecnologia (Ives & Olson, 2008Ives, B., & Olson, M. H. (2008). User involvement and MIS success: A review of research. Management Science, 30(5), 586-603. doi:/10.1287/mnsc.30.5.586
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). Os usuários que estão predispostos a mudar têm menos resistência à adoção de uma nova tecnologia (Laumer, Maier, Eckhardt, & Weitzel, 2016Laumer, S., Maier, C., Eckhardt, A., & Weitzel, T. (2016). User personality and resistance to mandatory information systems in organizations: A theoretical model and empirical test of dispositional resistance to change. Journal of Information Technology, 31(1), 67-82. doi:10.1057/jit.2015.17
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). Diferentes atitudes moldam o processo de adoção de uma nova tecnologia (López, Rodríguez, & Cerveró, 2006). Esta pesquisa nos levou a buscar padrões diferentes entre empresas usuárias e não usuárias em nossa amostra.

O modelo que propomos inclui quatro variáveis independentes extraídas do modelo UTAUT. A primeira, expectativa de desempenho, é definida como o grau em que se espera que o uso da tecnologia ofereça benefícios para a empresa. A segunda, expectativa de esforço, mede a facilidade de uso esperada de uma tecnologia. A terceira, influência social, mede como os indivíduos acreditam que amigos e familiares gostariam que eles usassem uma determinada tecnologia. A quarta, condições facilitadoras, é definida como o quanto os consumidores acreditam que recursos e apoio estarão disponíveis para desenvolver um determinado comportamento. O modelo propõe uma influência direta das três primeiras variáveis sobre a intenção comportamental, enquanto as condições facilitadoras afetam a intenção comportamental e o comportamento de uso. Arenas-Gaitán, Peral-Peral e Villarejo-Ramos (2016)Arenas-Gaitán, J., Peral-Peral, B., & Villarejo-Ramos, A.-F. (2016). Grupos de mayores en la banca electrónica. Segmentación de clases latentes con PLS-POS. In Congreso Marketing AEMARK. Madrid, Spain. apontam que o diferencial desse modelo é sua capacidade de identificar quais fatores são os principais determinantes da adoção. O modelo permite a inclusão de diferentes variáveis moderadoras que interferem na influência dos construtos-chave do modelo.

Adicionamos resistência ao uso e risco percebido aos construtos do UTAUT. Resistência ao uso consiste em reações negativas à mudança ou implementação de um novo sistema (Kim & Kankanhalli, 2009Kim, H.-W., & Kankanhalli, A. (2009). Investigating user resistance to information systems implementation: A status quo bias perspective. MIS Quarterly, 33(3), 567-582. doi:10.2307/20650309
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). O risco percebido é o potencial de perdas resultante da implementação de uma nova tecnologia ou sistema de informação (Featherman & Pavlou, 2003Featherman, M. S., & Pavlou, P. A. (2003). Predicting e-services adoption: A perceived risk facets perspective. International Journal of Human Computer Studies, 59(4), 451-474. doi:10.1016/S1071-5819(03)00111-3
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).

Hipóteses do modelo proposto

Propomos diversas hipóteses baseadas no modelo estendido da UTAUT para a aceitação e uso do BDA por empresas.

Expectativa de desempenho refere-se à percepção do desempenho que a tecnologia terá e é um dos construtos mais influentes em relação à intenção comportamental. Vários estudos (Brünink, 2016Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands).; Chauhan & Jaiswal, 2016Chauhan, S., & Jaiswal, M. (2016). Determinants of acceptance of ERP software training in business schools: Empirical investigation using UTAUT model. International Journal of Management Education, 14(3), 248-262. doi:10.1016/j.ijme.2016.05.005
https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.05.0...
; Yu, 2012Yu, C.-S. (2012). Factors affecting individuals to adopt mobile banking: Empirical evidence from the UTAUT model. Journal of Electronic Commerce Research, 13(2), 104-121.) além do trabalho original (Venkatesh et al., 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
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) confirmam essa relação positiva. Portanto, propomos como hipótese:

H1: Expectativa de desempenho influencia positivamente a intenção comportamental de usar BDA.

Expectativa de esforço refere-se à expectativa de facilidade de aprendizagem e uso dessa nova tecnologia. De acordo com o modelo UTAUT, o grau de adoção do BDA depende da expectativa da facilidade ou dificuldade de usá-la. Diversos estudos confirmam essa relação (Al-Gahtani, Hubona, & Wang, 2007Al-Gahtani, S. S., Hubona, G. S., & Wang, J. (2007). Information technology (IT) in Saudi Arabia: Culture and the acceptance and use of IT. Information & Management, 44(8), 681-691. doi:10.1016/j.im.2007.09.002
https://doi.org/10.1016/j.im.2007.09.002...
; Chauhan & Jaiswal, 2016Chauhan, S., & Jaiswal, M. (2016). Determinants of acceptance of ERP software training in business schools: Empirical investigation using UTAUT model. International Journal of Management Education, 14(3), 248-262. doi:10.1016/j.ijme.2016.05.005
https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.05.0...
; Kim, Chan, & Gupta, 2007Kim, H. W., Chan, H. C., & Gupta, S. (2007). Value-based adoption of mobile internet: An empirical investigation. Decision Support Systems, 43(1), 111-126. doi:10.1016/j.dss.2005.05.009
https://doi.org/10.1016/j.dss.2005.05.00...
; Lee & Song, 2013Lee, J. H., & Song, C. H. (2013). Effects of trust and perceived risk on user acceptance of a new technology service. Social Behavior and Personality: An International Journal, 41(4), 587-597. doi:10.2224/sbp.2013.41.4.587
https://doi.org/10.2224/sbp.2013.41.4.58...
; Yu, 2012Yu, C.-S. (2012). Factors affecting individuals to adopt mobile banking: Empirical evidence from the UTAUT model. Journal of Electronic Commerce Research, 13(2), 104-121.) e o efeito da expectativa de esforço na intenção comportamental. Assim, propomos como segunda hipótese do modelo:

H2: Expectativa de esforço, ou facilidade de uso, afeta positivamente a intenção comportamental de usar BDA.

Influência social, conceito originalmente desenvolvido por Venkatesh et al. (2003)Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
https://doi.org/10.2307/30036540...
e ampliado no UTAUT2 (Venkatesh, Thong, & Xu, 2012Venkatesh, V., Thong, J. Y. L., & Xu, X . (2012). Consumer acceptance and use of information technology: Extending the unified theory of acceptance and use of technology. MIS Quarterly, 36(1), 157-178. doi:10.1017/CBO9781107415324.004
https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324...
), mede o efeito gerado pelo que os outros (amigos e familiares) pensam sobre essa tecnologia. Em um ambiente profissional, o que os gestores e colegas pensam também é muito importante (Al-Gahtani et al., 2007Al-Gahtani, S. S., Hubona, G. S., & Wang, J. (2007). Information technology (IT) in Saudi Arabia: Culture and the acceptance and use of IT. Information & Management, 44(8), 681-691. doi:10.1016/j.im.2007.09.002
https://doi.org/10.1016/j.im.2007.09.002...
; Brünink, 2016Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands).; Chauhan & Jaiswal, 2016Chauhan, S., & Jaiswal, M. (2016). Determinants of acceptance of ERP software training in business schools: Empirical investigation using UTAUT model. International Journal of Management Education, 14(3), 248-262. doi:10.1016/j.ijme.2016.05.005
https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.05.0...
; Gupta, Huang, & Niranjan, 2010Gupta, V. K., Huang, R., & Niranjan, S. (2010). A longitudinal examination of the relationship between team leadership and performance. Journal of Leadership & Organizational Studies, 17(4), 335-350. doi:10.1177/1548051809359184
https://doi.org/10.1177/1548051809359184...
; Kim et al., 2007Kim, H. W., Chan, H. C., & Gupta, S. (2007). Value-based adoption of mobile internet: An empirical investigation. Decision Support Systems, 43(1), 111-126. doi:10.1016/j.dss.2005.05.009
https://doi.org/10.1016/j.dss.2005.05.00...
; Lee & Song, 2013Lee, J. H., & Song, C. H. (2013). Effects of trust and perceived risk on user acceptance of a new technology service. Social Behavior and Personality: An International Journal, 41(4), 587-597. doi:10.2224/sbp.2013.41.4.587
https://doi.org/10.2224/sbp.2013.41.4.58...
). Portanto, propomos como hipótese:

H3: Influência social afeta positivamente a intenção comportamental de usar BDA.

Resistência ao uso consiste na oposição ou reações negativas à implementação de uma nova tecnologia. Como Gibson (2004)Gibson, C.F. (2004). IT-enabled business change: An approach to understanding and managing risk. MIT Sloan Working Paper No. 4520-04; CISR Working Paper No. 346. doi:10.2139/ssrn.644922
https://doi.org/10.2139/ssrn.644922...
conclui, a introdução de muitas tecnologias novas falhou devido à oposição dos usuários à sua implementação. Embora a literatura atual reconheça a resistência ao uso (Kim & Kankanhalli, 2009Kim, H.-W., & Kankanhalli, A. (2009). Investigating user resistance to information systems implementation: A status quo bias perspective. MIS Quarterly, 33(3), 567-582. doi:10.2307/20650309
https://doi.org/10.2307/20650309...
; Lapointe & Rivard, 2007Lapointe, L., & Rivard, S. (2007). A triple take on information system implementation. Organization Science, 18(1), 89-107. doi:10.1287/orsc.1060.0225
https://doi.org/10.1287/orsc.1060.0225...
), poucos estudos a integram no modelo UTAUT. No entanto, existem precedentes para usá-la para explicar a intenção comportamental (Hsieh, 2015Hsieh, P. J. (2015). Healthcare professionals' use of health clouds: Integrating technology acceptance and status quo bias perspectives. International Journal of Medical Informatics, 84(7), 512-523. doi:10.1016/j.ijmedinf.2015.03.004
https://doi.org/10.1016/j.ijmedinf.2015....
). Norzaidi, Salwani, Chong e Rafidah (2008)Norzaidi, M. D., Salwani, M. I., Chong, S. C., & Rafidah, K. (2008). A study of intranet usage and resistance in Malaysia's port industry. Journal of Computer Information Systems, 49(1), 37-47. doi:10.1080/08874417.2008.11645304
https://doi.org/10.1080/08874417.2008.11...
encontraram relação entre a resistência ao uso e o uso do usuário, o que foi confirmado por outros estudos que não utilizaram o modelo UTAUT (Bhattacherjee & Hikmet, 2007Bhattacherjee, A., & Hikmet, N. (2007). Physicians' resistance toward healthcare information technology: A theoretical model and empirical test. European Journal of Information Systems, 16(6), 725-737. doi:10.1057/palgrave.ejis.3000717
https://doi.org/10.1057/palgrave.ejis.30...
; Poon et al., 2004Poon, E. G., Blumenthal, D., Jaggi, T., Honour, M. M., Bates, D. W., & Kaushal, R. (2004). Overcoming barriers to adopting and implementing computerized physician order entry systems in U.S. hospitals. Health Affairs, 23(4), 184-190. doi:10.1377/hlthaff.23.4.184
https://doi.org/10.1377/hlthaff.23.4.184...
). Portanto, propomos como hipótese:

H4: Resistência ao uso afeta negativamente a intenção comportamental de usar BDA.

Risco percebido consiste no potencial de perdas na implementação de uma nova tecnologia. Além do trabalho de Featherman e Pavlou (2003)Featherman, M. S., & Pavlou, P. A. (2003). Predicting e-services adoption: A perceived risk facets perspective. International Journal of Human Computer Studies, 59(4), 451-474. doi:10.1016/S1071-5819(03)00111-3
https://doi.org/10.1016/S1071-5819(03)00...
, que inclui a escala de medição que utilizamos, muitos estudos consideraram risco percebido como um antecedente com impacto negativo na intenção comportamental (Kim, Ferrin, & Rao, 2008Kim, D. J., Ferrin, D. L., & Rao, H. R. (2008). A trust-based consumer decision-making model in electronic commerce: The role of trust, perceived risk, and their antecedents. Decision Support Systems, 44(2), 544-564. doi:10.1016/j.dss.2007.07.001
https://doi.org/10.1016/j.dss.2007.07.00...
; Lee & Song, 2013Lee, J. H., & Song, C. H. (2013). Effects of trust and perceived risk on user acceptance of a new technology service. Social Behavior and Personality: An International Journal, 41(4), 587-597. doi:10.2224/sbp.2013.41.4.587
https://doi.org/10.2224/sbp.2013.41.4.58...
; Martins, Oliveira, & Popovič, 2014Martins, C., Oliveira, T., & Popovič, A. (2014). Understanding the internet banking adoption: A unified theory of acceptance and use of technology and perceived risk application. International Journal of Information Management, 34(1), 1-13. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2013.06.002
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2013...
). Portanto, propomos como hipótese:

H5: Risco percebido afeta negativamente a intenção comportamental de usar BDA.

Condições facilitadoras são favoráveis quando há fácil acesso aos recursos necessários para a utilização de uma nova tecnologia e o suporte subsequente (Venkatesh et al., 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
https://doi.org/10.2307/30036540...
). Em estudos posteriores utilizando UTAUT2, Venkatesh et al. (2012)Venkatesh, V., Thong, J. Y. L., & Xu, X . (2012). Consumer acceptance and use of information technology: Extending the unified theory of acceptance and use of technology. MIS Quarterly, 36(1), 157-178. doi:10.1017/CBO9781107415324.004
https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324...
descobriram que esse construto tem um efeito significativo sobre a intenção comportamental de usar uma nova tecnologia. Além disso, estudos mais recentes têm verificado efeito positivo dessa variável sobre a intenção comportamental (Duyck et al., 2010Duyck, P., Pynoo, B., Devolder, P., Voet, T., Adang, L., Ovaere, D., & Vercruysse, J. (2010). Monitoring the PACS implementation process in a large university hospital-discrepancies between radiologists and physicians. Journal of Digital Imaging, 23(1), 73-80. doi:10.1007/s10278-008-9163-7
https://doi.org/10.1007/s10278-008-9163-...
; Hung, Wang, & Chou, 2007Hung, Y. H., Wang, Y. S., & Chou, S. C. T. (2007). User acceptance of e-government services. PACIS 2007 Proceedings, 97. Retrieved from http://aisel.aisnet.org/pacis2007
http://aisel.aisnet.org/pacis2007...
; Wu, Tao, & Yang, 2007Wu, Y. L., Tao, Y. H., & Yang, P. C. (2007). Using UTAUT to explore the behavior of 3G mobile communication users. IEEM 2007: 2007 IEEE International Conference on Industrial Engineering and Engineering Management (pp. 199-203). doi:10.1109/IEEM.2007.4419179
https://doi.org/10.1109/IEEM.2007.441917...
). Assim, propomos como hipótese:

H6: Condições facilitadoras influenciam positivamente a intenção comportamental de usar BDA.

Tanto a TPB (Ajzen, 1991Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2), 179-211. doi:10.1016/0749-5978(91)90020-T
https://doi.org/10.1016/0749-5978(91)900...
) como o UTAUT (Venkatesh et al., 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
https://doi.org/10.2307/30036540...
) têm sido usados para demonstrar como as condições facilitadoras favoráveis afetam positivamente o uso de uma nova tecnologia. Vários trabalhos subsequentes (Al-Gahtani et al., 2007Al-Gahtani, S. S., Hubona, G. S., & Wang, J. (2007). Information technology (IT) in Saudi Arabia: Culture and the acceptance and use of IT. Information & Management, 44(8), 681-691. doi:10.1016/j.im.2007.09.002
https://doi.org/10.1016/j.im.2007.09.002...
; Brünink, 2016Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands).; Chauhan & Jaiswal, 2016Chauhan, S., & Jaiswal, M. (2016). Determinants of acceptance of ERP software training in business schools: Empirical investigation using UTAUT model. International Journal of Management Education, 14(3), 248-262. doi:10.1016/j.ijme.2016.05.005
https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.05.0...
; Duyck et al., 2010Duyck, P., Pynoo, B., Devolder, P., Voet, T., Adang, L., Ovaere, D., & Vercruysse, J. (2010). Monitoring the PACS implementation process in a large university hospital-discrepancies between radiologists and physicians. Journal of Digital Imaging, 23(1), 73-80. doi:10.1007/s10278-008-9163-7
https://doi.org/10.1007/s10278-008-9163-...
; Kim et al., 2007Kim, H. W., Chan, H. C., & Gupta, S. (2007). Value-based adoption of mobile internet: An empirical investigation. Decision Support Systems, 43(1), 111-126. doi:10.1016/j.dss.2005.05.009
https://doi.org/10.1016/j.dss.2005.05.00...
) confirmam essa relação. Portanto, propomos como hipótese:

H7: Condições facilitadoras afetam positivamente o uso de BDA.

Os principais modelos de aceitação tecnológica (TRA, TAM, UTAUT e UTAUT2) apontam para uma relação direta entre intenção comportamental e uso de tecnologias (Davis, 1985Davis, F. (1985). A technology acceptance model for empirically testing new end-user information systems. Massachusetts Institute of Technology, Sloan School of Management (December).; Fishbein & Ajzen, 1975Fishbein, M., & Ajzen, I. (1975). Belief attitude, intention and behavior. An introduction to theory and research. Reading, MA: Addison-Wesley.; Venkatesh et al., 2003Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
https://doi.org/10.2307/30036540...
, 2012Venkatesh, V., Thong, J. Y. L., & Xu, X . (2012). Consumer acceptance and use of information technology: Extending the unified theory of acceptance and use of technology. MIS Quarterly, 36(1), 157-178. doi:10.1017/CBO9781107415324.004
https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324...
). Essa influência tem sido demonstrada em contextos semelhantes à adoção de BDA, como internet banking (Martins et al., 2014Martins, C., Oliveira, T., & Popovič, A. (2014). Understanding the internet banking adoption: A unified theory of acceptance and use of technology and perceived risk application. International Journal of Information Management, 34(1), 1-13. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2013.06.002
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2013...
), compras de voos on-line (Escobar-Rodríguez & Carvajal-Trujillo, 2014Escobar-Rodríguez, T., & Carvajal-Trujillo, E. (2014). Online purchasing tickets for low cost carriers: An application of the unified theory of acceptance and use of technology (UTAUT) model. Tourism Management, 43, 70-88. doi:10.1016/j.tourman.2014.01.017
https://doi.org/10.1016/j.tourman.2014.0...
), sistemas eletrônicos de gerenciamento de documentos (Afonso, Gonzalez, Roldán, & Sánchez-Franco, 2012Roldán, J. L., & Sánchez-Franco, M. J. (2012). Variance-based structural equation modeling: Guidelines for using partial least squares in information systems research. In M. Mora, O. Gelman, A.L. Steenkamp & M. Raisinghnani, Research methodologies, innovations and philosophies in software systems engineering and information systems. IGI-Global. doi:10.4018/978-1-4666-0179-6.ch010
https://doi.org/10.4018/978-1-4666-0179-...
) e Enterprise Resource Planning (ERP) (Chauhan & Jaiswal, 2016Chauhan, S., & Jaiswal, M. (2016). Determinants of acceptance of ERP software training in business schools: Empirical investigation using UTAUT model. International Journal of Management Education, 14(3), 248-262. doi:10.1016/j.ijme.2016.05.005
https://doi.org/10.1016/j.ijme.2016.05.0...
). Portanto, propomos como hipótese:

H8: A intenção comportamental de usar BDA afeta positivamente seu uso.

Na Figura 2, mostramos o modelo proposto de aceitação e uso de BDA com caminhos identificados em nossas hipóteses.

Figura 2
Modelo de aceitação de Big Data em empresas

METODOLOGIA DE PESQUISA

Descrição da amostra

Nossa pesquisa, cujos dados foram coletados entre setembro e outubro de 2017 via e-mail pessoal e telefone, contou com 199 respostas de CEOs e gerentes de empresas atuando em diferentes áreas, como Recursos Humanos, Finanças, Marketing e Vendas. Um pré-teste da pesquisa foi realizado com cinco gestores voluntários e vários pesquisadores especialistas, que preencheram o questionário e forneceram feedback sobre as questões. Na Tabela 1, classificamos as empresas dos entrevistados de acordo com suas receitas e setores.

Tabela 1
Empresas da amostra de acordo com a receita e setor de atividade

Escalas de medição

Para os construtos UTAUT, adaptamos as escalas de Venkatesh et al. (2003)Venkatesh, V., Morris, M. G., Davis, G. B., & Davis, F. D. (2003). User acceptance of information technology: Toward a unified view. MIS Quarterly, 27(3), 425-478. doi:10.2307/30036540
https://doi.org/10.2307/30036540...
para o contexto do BDA. A resistência ao uso foi medida com a escala proposta por Bhattacherjee e Hikmet (2007)Bhattacherjee, A., & Hikmet, N. (2007). Physicians' resistance toward healthcare information technology: A theoretical model and empirical test. European Journal of Information Systems, 16(6), 725-737. doi:10.1057/palgrave.ejis.3000717
https://doi.org/10.1057/palgrave.ejis.30...
, enquanto o risco percebido foi medido com a escala de Featherman e Pavlou (2003)Featherman, M. S., & Pavlou, P. A. (2003). Predicting e-services adoption: A perceived risk facets perspective. International Journal of Human Computer Studies, 59(4), 451-474. doi:10.1016/S1071-5819(03)00111-3
https://doi.org/10.1016/S1071-5819(03)00...
. Escalas Likert de sete pontos foram utilizadas em todos os casos.

Ferramentas estatísticas

Para estimar o modelo estrutural, utilizamos o método de mínimos quadrados parciais (PLS), (Chin & Dibbern, 2010Chin, W. W., & Dibbern, J. (2010). An introduction to a permutation based procedure for multi-group PLS analysis: Results of tests of differences on simulated data and a cross-cultural analysis of the sourcing of information system services between Germany and the USA. In V. E. Vinzi, W. W. Chin, J. Henseler, & H. Wang (Eds.), Handbook of partial least squares (pp. 171-193). doi:10.1007/978-3-540-32827-8
https://doi.org/10.1007/978-3-540-32827-...
; Hair, Sarstedt, Ringle, & Mena, 2012Hair, J. F., Sarstedt, M., Ringle, C. M., & Mena, J. A. (2012). An assessment of the use of partial least squares structural equation modeling in marketing research. Journal of the Academy of Marketing Science, 40(3), 414-433. doi:10.1007/s11747-011-0261-6
https://doi.org/10.1007/s11747-011-0261-...
) com o software estatístico Smart PLS 3.2.3 (Ringle, Wende, & Becker, 2015). Para evitar viés de medida, ou common method bias (CMB), na amostra observada, seguimos as recomendações de Burton-Jones (2009)Burton-Jones. (2009). Minimizing method bias through programmatic research. MIS Quarterly, 33(3), 445-471. doi:10.2307/20650304
https://doi.org/10.2307/20650304...
. Também seguimos as recomendações de Podsakoff, MacKenzie, Lee e Podsakoff (2003)Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., Lee, J.-Y., & Podsakoff, N. P. (2003). Common method biases in behavioral research: A critical review of the literature and recommended remedies. Journal of Applied Psychology, 88(5), 879-903. doi:10.1037/0021-9010.88.5.879
https://doi.org/10.1037/0021-9010.88.5.8...
, MacKenzie, Podsakoff e Podsakoff (2011)MacKenzie, S. B., Podsakoff, P. M., & Podsakoff, N. P. (2011). Construct measurement and validation procedures in MIS and behavioral research: Integrating new and existing techniques. MIS Quarterly, 35(2), 293-334. doi:10.2307/23044045
https://doi.org/10.2307/23044045...
; Podsakoff, MacKenzie e Podsakoff (2012)Podsakoff, P. M., MacKenzie, S. B., & Podsakoff, N. P. (2012). Sources of method bias in social science research and recommendations on how to control it. Annual Review of Psychology, 63, 539-569. doi:10.1146/annurev-psych-120710-100452
https://doi.org/10.1146/annurev-psych-12...
, e Kock e Lynn (2012)Kock, N., & Lynn, G. S. (2012). Lateral collinearity and misleading results in variance-based SEM : An illustration and recommendations. Journal of the Association for Information Systems, 13(7), 546-580.. Porque o estudo se concentra em CMB e PLS para modelos de equações estruturais. Seguindo Kock (2015)Kock, N. (2015). Common method bias in PLS-SEM: A full collinearity assessment approach. International Journal of E-Collaboration, 11(4), 1-10. doi:10.4018/ijec.2015100101
https://doi.org/10.4018/ijec.2015100101...
, adicionamos questões não relacionadas para criar uma variável latente e consideramos esses indicadores e as demais variáveis como antecedentes. A variável CMB atua como a variável dependente de todas as outras variáveis do modelo. Os fatores de inflação de variância estimados por esse método devem ser inferiores a 3,3 para confirmar que a amostra não tem CMB. Na Tabela 2, demonstramos que nossa amostra está em conformidade com esse requisito.

Tabela 2
Variance inflation factor (VIF) de todas as variáveis para verificar CMB

RESULTADOS

Verificamos a confiabilidade de todos os construtos. A literatura atual sugere que, para que os modelos de medição sejam considerados confiáveis e válidos, as cargas fatoriais devem exceder 0,7 (Henseler, Ringle, & Sarstedt, 2014Henseler, J., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). A new criterion for assessing discriminant validity in variance-based structural equation modeling. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(1), 115-135. doi:10.1007/s11747-014-0403-8
https://doi.org/10.1007/s11747-014-0403-...
; Roldán & Sánchez-Franco, 2012Roldán, J. L., & Sánchez-Franco, M. J. (2012). Variance-based structural equation modeling: Guidelines for using partial least squares in information systems research. In M. Mora, O. Gelman, A.L. Steenkamp & M. Raisinghnani, Research methodologies, innovations and philosophies in software systems engineering and information systems. IGI-Global. doi:10.4018/978-1-4666-0179-6.ch010
https://doi.org/10.4018/978-1-4666-0179-...
). Na Tabela 3, mostramos que cada carga foi superior a 0,7, exceto no caso do terceiro indicador de condições facilitadoras (CF3), o qual foi descartado.

Tabela 3
Confiabilidade das escalas de medição (cargas)

Em seguida, analisou-se a confiabilidade do construto utilizando indicadores de confiabilidade compostos e Alpha de Cronbach. Em todos os casos, os valores dos nossos indicadores foram acima de 0,7, conforme sugerido por Nunnally (1978)Nunnally, J. C. (1978). Psychometric theory (2nd edit.) Hillsdale, NJ: McGraw-hill. . A validade convergente foi confirmada pela análise da variância média extraída. Todos os valores estavam acima do limite de 0,5 proposto por Straub, Boudreau e Gefen (2004)Straub, D., Boudreau, M., & Gefen, D. (2004). Validation guidelines for IS positivist research. Communications of the Association for Information Systems, 13(24), 380-427. doi:10.17705/1CAIS.01324
https://doi.org/10.17705/1CAIS.01324...
. Esses indicadores, apresentados na Tabela 4, cumprem os requisitos.

Tabela 4
Confiabilidade composta e validade convergente

Em seguida, avaliamos a validade discriminante do modelo de medição de duas maneiras. Primeiro, realizamos o teste de Fornell e Larcker (Barclay, Higgins, & Thompson, 1995Barclay, D., Higgins, C., & Thompson, R. (1995). The Partial Least Squares (PLS) approach to causal modelling: Personal computer adoption and use as an illustration. Technology Studies, 2(2), 285-309.). Em seguida, usando a razão Heterotrait-Monotrait (HTMT) (Henseler et al., 2014Henseler, J., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). A new criterion for assessing discriminant validity in variance-based structural equation modeling. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(1), 115-135. doi:10.1007/s11747-014-0403-8
https://doi.org/10.1007/s11747-014-0403-...
), asseguramos que os valores estavam abaixo de 0,9 em todos os casos. Os resultados de ambos os testes são apresentados nas Tabelas 5 e 6.

Tabela 5
Validade discriminante (teste de Fornell-Larcker)
Tabela 6
Validade discriminante (Relação Heterotrait-Monotrait -HTMT)

Os valores de R2 para os construtos de segunda ordem (intenção comportamental e comportamento de uso) são mostrados na Tabela 7.

Tabela 7
R2 do modelo

A Figura 3 mostra os valores para cada carga e caminho do modelo.

Figura 3
Resultados do modelo

Os valores dos coeficientes de caminho e a variância explicada das variáveis endógenas (R2) foram analisados para avaliar o modelo estrutural. Os coeficientes de caminho indicam a intensidade da relação entre as variáveis independentes e dependentes. Utilizamos uma técnica de bootstrapping com 5 mil amostras para encontrar a confiabilidade dos coeficientes de caminho estimados, conforme é mostrado na Tabela 8.

Tabela 8
Estimativas do modelo estrutural (coeficientes de caminho)

Calculou-se o indicador Standardized Root Mean-square Residual (SRMR) para avaliar o ajuste do modelo. O valor obtido, 0,065, foi menor que o limiar de 0,08 proposto por Henseler et al. (2014)Henseler, J., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). A new criterion for assessing discriminant validity in variance-based structural equation modeling. Journal of the Academy of Marketing Science, 43(1), 115-135. doi:10.1007/s11747-014-0403-8
https://doi.org/10.1007/s11747-014-0403-...
, o que sugere um bom ajuste do modelo. O modelo explica 47,85% da variação no uso e 54,6% da variação na intenção comportamental (ver Tabela 7), ambos excedendo o nível mínimo de 10% recomendado por Falk e Miller (1992)Falk, R. F., & Miller, N. B. (1992). A primer for soft modeling. Akron, OH: University of Akron Press. .

Os resultados confirmam a maioria das hipóteses, exceto H5 (risco percebido) e H2 (expectativa de esforço). Os coeficientes das hipóteses confirmadas são significativos no nível de confiança de 1%. Embora a expectativa de esforço seja significativa no nível de confiança de 5%, encontramos uma relação negativa devido a um efeito supressor (Falk & Miller, 1992Falk, R. F., & Miller, N. B. (1992). A primer for soft modeling. Akron, OH: University of Akron Press. ) produzido pela nova relação de condições facilitadoras na intenção comportamental, então podemos rejeitar H2. Em ordem de influência, podemos ver que o fator condições facilitadoras é o que mais contribui para a intenção comportamental e o segundo que mais contribui para o uso. O segundo fator que mais contribui para a intenção comportamental é a expectativa de desempenho, enquanto o fator que mais contribui para o uso é a intenção comportamental. Observamos também que o coeficiente de intenção comportamental de uso é significativo no nível de confiança de 0,1%. O coeficiente do efeito da resistência ao uso na intenção comportamental é significativo e negativo.

Também calculamos o Stone-Geisser Q2 para avaliar a capacidade preditiva do modelo (Gefen, Rigdon, & Straub, 2011Gefen, D., Rigdon, E. E., & Straub, D. (2011). An update and extension to SEM guidelines for administrative and social science research. MIS Quarterly, 35(2), 3-14. doi:10.1016/j.lrp.2013.01.001
https://doi.org/10.1016/j.lrp.2013.01.00...
). Os resultados são apresentados na Tabela 9. Conclui-se que o modelo tem relevância preditiva, pois os valores de Q2 na Tabela 9 são maiores que zero (Roldán & Sánchez-Franco, 2012Roldán, J. L., & Sánchez-Franco, M. J. (2012). Variance-based structural equation modeling: Guidelines for using partial least squares in information systems research. In M. Mora, O. Gelman, A.L. Steenkamp & M. Raisinghnani, Research methodologies, innovations and philosophies in software systems engineering and information systems. IGI-Global. doi:10.4018/978-1-4666-0179-6.ch010
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).

Tabela 9
Previsão de variáveis latentes

Considerou-se a possibilidade de heterogeneidade na amostra. Seguindo Becker, Rai, Ringle e Völckner (2013)Becker, J.-M., Rai, A., Ringle, C. M., & Völckner, F. (2013). Discovering unobserved heterogeneity in structural equation models to avert Validity threats. MIS Quarterly, 37(3), 665-694. doi:10.25300/MISQ/2013/37.3.01
https://doi.org/10.25300/MISQ/2013/37.3....
, executamos uma segmentação de classe latente PLS-POS e também uma segmentação de classe latente FIMIX. Não encontramos diferenças em grupos com segmentação a posteriori.

Em seguida, tentamos várias segmentações a priori com critérios diferentes (por exemplo, tamanho da empresa, uso de Big Data, setor de atividade), não encontrando diferenças entre essas subamostras. No entanto, encontramos diferentes comportamentos nas empresas quando estas eram perguntadas sobre o nível de maturidade da implementação do BDA. Utilizamos a escala proposta por Paulk, Curtis, Chrissis e Weber (1993)Paulk, M. C., Curtis, B., Chrissis, M. B., & Weber, C. V. (1993). Capability maturity model, version 1.1. IEEE Software, 10(4) 18-27. doi:10.1109/52.219617
https://doi.org/10.1109/52.219617...
, que tem sido amplamente utilizada (Berg, Leinonen, Leivo, & Pihlajamaa, 2002Berg, P., Leinonen, M., Leivo, V., & Pihlajamaa, J. (2002). Assessment of quality and maturity level of R&D. International Journal of Production Economics, 78(1), 29-35. doi:10.1016/S0925-5273(00)00166-3
https://doi.org/10.1016/S0925-5273(00)00...
; Khatibian, Hasan, & Jafari, 2010Khatibian, N., Hasan gholoi pour, T., & Abedi Jafari, H. (2010). Measurement of knowledge management maturity level within organizations. Business Strategy Series, 11(1), 54-70. doi:10.1108/17515631011013113
https://doi.org/10.1108/1751563101101311...
; Urwiler & Frolick, 2008Urwiler, R., & Frolick, M. N. (2008). The IT value hierarchy: Using Maslow's hierarchy of needs as a metaphor for gauging the maturity level of information technology use within competitive organizations. Information Systems Management, 25(1), 83-88. doi:10.1080/10580530701777206
https://doi.org/10.1080/1058053070177720...
) e tem cinco níveis: inicial, replicável, definido, gerenciado e otimizado. Foram escolhidas empresas que não tinham implementado BDA ou que estavam nos dois primeiros níveis do Segmento 1 e aquelas nos últimos três níveis do Segmento 2. Tal como indicado na Tabela 10 para o Segmento 1 e na Tabela 11 para o Segmento 2, existem diferenças significativas entre esses dois segmentos e a amostra inteira (ver Tabela 8).

Tabela 10
Segmento 1. Estimativas do modelo estrutural (coeficientes de caminho)
Tabela 11
Segmento 2. Estimativas do modelo estrutural (coeficientes de caminho)

Realizamos um teste Anova e confirmamos as diferenças significativas entre as subamostras. Para as empresas não usuárias ou iniciantes (Segmento 1), todas as relações foram significativas, exceto os efeitos do risco percebido e da expectativa de esforço sobre a intenção comportamental. As condições facilitadoras e a expectativa de desempenho foram os fatores que mais contribuíram para a intenção comportamental, com altos níveis de significância. Os coeficientes de resistência ao uso e influência social também foram grandes e significativos. Para usuários normais e usuários pesados (Segmento 2), nenhuma das relações foi significativa, exceto o efeito das condições facilitadoras na intenção comportamental, que teve o efeito mais significativo entre todas as relações deste estudo. Curiosamente, a expectativa de desempenho não foi significativa.

DISCUSSÃO, CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES

Nossa pesquisa amplia o modelo UTAUT para Big Data com uma nova variável, resistência ao uso. Com essa extensão, contribuímos para a generalização do modelo e para uma melhor compreensão da aceitação tecnológica. Nosso modelo inova, em relação à pesquisa anterior sobre BDA, ao incluir uma nova variável independente, resistência ao uso, ao modelo UTAUT e incluir o comportamento de uso de BDA como variável de desfecho. Brünink (2016)Brünink, L. (2016). Cross-functional Big Data integration: Applying the UTAUT model. University of Twente (The Netherlands). usa o modelo UTAUT sem adicionar resistência ao uso ou explicar o comportamento real de uso. Outros estudos (Demoulin & Cousssement, 2018Demoulin, N. T. M., & Coussement, K. (2018). Acceptance of text-mining systems: The signaling role of information quality. Information & Management. Advanced online publication. doi:10.1016/j.im.2018.10.006
https://doi.org/10.1016/j.im.2018.10.006...
) concentram-se no apoio do uso de aplicações de Big Data pela gestão, utilizando modelos como TAM, TAM2 ou TAM3 (Brown & Venkatesh, 2005Brown, S. A., & Venkatesh, V. (2005). Model of adoption of technology in households: A baseline model test and extension incorporating household life cycle. MIS Quarterly, 29(3), 399-426. doi:10.2307/25148690
https://doi.org/10.2307/25148690...
; Huang et al., 2012Huang, T. C. K., Liu, C. C., & Chang, D. C. (2012). An empirical investigation of factors influencing the adoption of data mining tools. International Journal of Information Management, 32(3), 257-270. doi:10.1016/j.ijinfomgt.2011.11.006
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2011...
; Verma et al., 2018Verma, S., Bhattacharyya, S. S., & Kumar, S. (2018). An extension of the technology acceptance model in the big data analytics system implementation environment. Information Processing and Management, 54(5), 791-806. doi:10.1016/j.ipm.2018.01.004
https://doi.org/10.1016/j.ipm.2018.01.00...
). Esses modelos explicam a adoção e o uso real de BDA nas empresas, mas são mais limitados do que o modelo UTAUT.

Nossos resultados mostram que a intenção comportamental de usar BDA nas empresas é determinada por quatro fatores. Primeiro, a expectativa de desempenho, a percepção de que a implementação dessa tecnologia alcançará bons resultados, aumenta a adoção, como mostrado em estudos anteriores (Lee & Song, 2013Lee, J. H., & Song, C. H. (2013). Effects of trust and perceived risk on user acceptance of a new technology service. Social Behavior and Personality: An International Journal, 41(4), 587-597. doi:10.2224/sbp.2013.41.4.587
https://doi.org/10.2224/sbp.2013.41.4.58...
; Yu, 2012Yu, C.-S. (2012). Factors affecting individuals to adopt mobile banking: Empirical evidence from the UTAUT model. Journal of Electronic Commerce Research, 13(2), 104-121.). Segundo, a influência social tem um efeito positivo sobre a intenção de usar BDA, como demonstrado em artigos anteriores (Bozan, Parker, & Davey, 2016Bozan, K., Parker, K., & Davey, B. (2016). A closer look at the social influence construct in the UTAUT Model: An institutional theory based approach to investigate health IT adoption patterns of the elderly. Proceedings of the Annual Hawaii International Conference on System Sciences, 2016-March (pp. 3105-3114). doi:10.1109/HICSS.2016.391
https://doi.org/10.1109/HICSS.2016.391...
). Terceiro, condições facilitadoras, o apoio e o fornecimento de recursos necessários para o uso por parte da empresa aumenta tanto a intenção comportamental quanto o uso (Alharbi, 2014Alharbi, S. T. (2014). Trust and acceptance of cloud computing: A revised UTAUT model. Proceedings - 2014 International Conference on Computational Science and Computational Intelligence, CSCI 2014, 2(Mm) (pp. 131-134). doi:10.1109/CSCI.2014.107
https://doi.org/10.1109/CSCI.2014.107...
). Finalmente, a resistência ao uso diminui as intenções comportamentais de uso de BDA nas empresas, com um efeito mais significativo do que a influência social.

Também constatamos que, embora o BDA seja percebido como sendo de difícil uso (expectativa de esforço), a influência dessa percepção sobre a intenção comportamental é pequena e contida em outras relações: condições facilitadoras na intenção comportamental (efeito supressor acima mencionado).

Também encontramos um efeito positivo das condições facilitadoras sobre o comportamento de uso da nova tecnologia com um fator semelhante para intenção comportamental. Assim, pode-se dizer que os achados são consistentes com todas as hipóteses do modelo UTAUT, exceto H5 (risco percebido). Por acharmos que resistência ao uso tem um efeito significativo, propomos acrescentá-la ao modelo original, a fim de obter melhores explicações sobre a aceitação e uso de BDA nas empresas.

Finalmente, destacamos as diferenças de comportamento entre as empresas que não utilizam essas técnicas ou estão começando a utilizá-las (Segmento 1) e as empresas que já as utilizam há muito tempo (Segmento 2). Para as empresas iniciantes ou não usuárias, a expectativa de desempenho, a influência social e as condições facilitadoras têm efeito significativo e positivo na intenção comportamental e comportamento de uso, enquanto a resistência ao uso têm efeito significativo e negativo em ambas variáveis. Entre as empresas usuárias normais e usuárias pesadas, apenas condições facilitadoras têm efeito sobre a intenção comportamental, enquanto o resto das relações não é significativo. Isso pode sugerir que os usuários estabelecidos sabem o que podem alcançar com essas técnicas, então a única coisa com que eles se importam é ter boas condições facilitadoras, enquanto os iniciantes ainda não conhecem todas as capacidades dessa tecnologia, então eles consideram mais questões.

Quanto às implicações profissionais, os resultados sugerem que os executivos inferem que cada tecnologia tem sua própria curva de aprendizagem, e essa questão não afeta sua adoção sempre que grandes resultados são esperados, como no caso do Big Data (Cabrera-Sánchez & Villarejo-Ramos, 2018Cabrera-Sánchez, J.-P., & Villarejo-Ramos, Á.-F. (2018). Factores que afectan a la adopción del Big Data como instrumento de marketing en las empresas españolas. In XXVIII Jornadas Luso-Espanholas de Gestâo Científica, At Guarda (Portugal) .). Da mesma forma, se a empresa tem uma infraestrutura adequada, não tem nada a perder testando a tecnologia. De qualquer forma, para superar a resistência ao uso de BDA, ainda são necessárias informações claras sobre seus benefícios. Portanto, recomendamos duas etapas para gerentes. Na primeira etapa, eles devem ser informados de que a maioria dos softwares associados a essas técnicas é gratuito e que, se eles já têm recursos de hardware, devem testá-los. Na segunda etapa, deve haver comunicação com os gestores sobre os benefícios do uso de Big Data, inclusive com exemplos de empresas das mesmas áreas que o utilizam. Essa segunda ação é muito importante para as empresas que estão atualmente usando Big Data, porque podemos inferir que elas não estão aproveitando todo o potencial da tecnologia. Elas possuem uma certa insatisfação com a tecnologia, e têm uma expectativa de desempenho muito baixa, quando o que deveria acontecer seria o oposto. Portanto, devemos informá-las sobre a tecnologia e como ela pode ser usada para gerar lucros em cada setor.

O uso de BDA nas empresas pode representar um avanço muito importante na gestão da informação, melhorando as relações com os clientes. Como é mais do que uma ferramenta de gerenciamento de relacionamento com o cliente, o BDA fornece informações relevantes às empresas e aumenta o conhecimento sobre os clientes, melhorando seu engajamento.

Embora o modelo UTAUT já tenha sido bastante testado e seja maduro, incluímos duas variáveis para estendê-lo. No entanto, muitas outras variáveis podem ser relevantes. Para essa tecnologia, construtos do modelo original, como a expectativa de desempenho, têm menor influência sobre a intenção comportamental do que um dos construtos que adicionamos, resistência ao uso. Como podem existir outras variáveis com efeitos significativos, o modelo UTAUT deve continuar evoluindo para fornecer melhores explicações para a aceitação de novas tecnologias. Pesquisas futuras sobre Big Data devem procurar identificar essas variáveis. Além disso, parece necessário explorar novas variáveis moderadoras com o objetivo de analisar possíveis efeitos não considerados anteriormente.

Finalmente, tamanhos amostrais maiores nos permitirão estabelecer diferenças de comportamento entre grupos de empresas, o que podemos analisar por meio de uma técnica de segmentação a posteriori, como segmentação orientada a posteriori - Mínimos Quadrados Parciais (POS-PLS). Então, se obtivermos uma amostra maior de empresas que estão usando (ou pretendem usar) Big Data, teremos um modelo com melhor desempenho e resultados mais informativos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jan 2020
  • Data do Fascículo
    Nov-Dec 2019

Histórico

  • Recebido
    24 Jul 2018
  • Aceito
    19 Jul 2019
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