RESUMO
Objetivo:
O propósito deste artigo foi o de refletir, à luz da perspectiva da pós-modernidade crítica, sobre uma possível proposição conceitual acerca da dignidade nas organizações.
Originalidade/lacuna/relevância/implicações:
No campo dos estudos organizacionais, não se tem considerado a dignidade nas organizações a partir da constatação de um mundo de intensa movimentação de capital, tecnologias, mercadorias, trabalhadores, empregados entre as organizações, além da migração entre cidadãos de diferentes países. Defende-se que a concepção do fenômeno ora estudado precisaria contemplar o respeito aos diferentes saberes, além da ideia de interculturalidade.
Principais aspectos metodológicos:
Como há poucos trabalhos sobre tal temática, o presente trabalho configura-se como um ensaio teórico.
Síntese dos principais resultados:
A partir de uma aproximação ao conceito de dignidade, procurou-se delinear uma abordagem conceitual que visou transpor a sua concepção sociopolítica e, então, a partir disso, se propor um olhar para além do moderno à dignidade nas organizações. As ideias sobre ecologia de saberes, relações de autoridade partilhada, respeito aos princípios da igualdade e da diferença, além do reconhecimento recíproco e a disponibilidade para o enriquecimento mútuo mostraram-se como elementos qualificadores na definição de nossas proposições conceituais.
Principais considerações/conclusões:
Como contribuição teórica, buscou-se trazer um novo olhar sobre o fenômeno da dignidade, de modo que se tentou avançar no campo de estudos a partir de uma visão que entende a dignidade e a emancipação como um único conceito, cujo novo elemento seria o da interculturalidade.
PALAVRAS-CHAVE
Dignidade nas organizações; Emancipação; Interculturalismo; Modernidade; Pós-modernidade