RESUMO
Objetivo:
Analisar como ocorre a coordenação das práticas colaborativas de inovação no processo da Inovação Aberta em PMEs.
Originalidade/relevância:
O estudo foi motivado por lacunas teóricas sobre a gestão de práticas colaborativas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no processo da inovação aberta. A originalidade do artigo consiste em avançar na compreensão dos mecanismos que PMEs podem utilizar para gerenciar a inovação aberta e obter resultados mais efetivos.
Principais aspectos metodológicos:
A pesquisa consistiu em uma abordagem qualitativa, por meio de três estudos de caso de projetos colaborativos. Foram entrevistados onze gestores envolvidos em práticas colaborativas de P&D nos três casos.
Síntese dos principais resultados:
A formalização de mecanismos de coordenação depende da tangibilidade na aplicação dos resultados do projeto, ou seja, quanto mais próximos de ser aplicados em um novo produto, maior a importância e controle dos mecanismos de coordenação. Ainda, nos casos analisados, a definição dos mecanismos de coordenação foi estabelecida pela empresa, e não pelos parceiros externos. Da mesma forma, para as empresas entrevistadas, a busca por conhecimento externo (de fora para dentro da empresa) é mais importante para sua estratégia de P&D que a transferência do seu conhecimento para parceiros externos (de dentro para fora da empresa). O estudo contribui para a teoria organizacional ao relacionar as características de projetos colaborativos de P&D e os mecanismos de coordenação utilizados. Do ponto de vista gerencial, os resultados servem como guias para gestores de PMEs interessados em coordenar práticas colaborativas no processo de inovação aberta.
PALAVRAS-CHAVE
Mecanismos de coordenação; Inovação aberta; Práticas colaborativas; Pesquisa e desenvolvimento; Pequenas e médias empresas