Resumo
Objetivo:
O objetivo da pesquisa é analisar se a autoeficácia e as características empreendedoras (por exemplo, tomada de risco, planejamento, reconhecimento de oportunidade, persistência, sociabilidade, inovação e liderança) diferem na explicação dos modelos de intenção empreendedora, tendo a educação empreendedora como moderadora dos relacionamentos.
Originalidade/valor:
O estudo oferece uma perspectiva aprofundada sobre quais características comportamentais se encaixam melhor em modelos de intenção de empreendedorismo e auxilia a preencher uma lacuna teórica e prática sobre a necessidade de a educação universitária aumentar seu impacto positivo sobre o capital humano, particularmente nas habilidades profissionais dos alunos, demonstrando quais características são mais impactadas pela educação empreendedora.
Design/metodologia/abordagem:
Foi utilizada metodologia quantitativa e os dados foram analisados com modelagem de equações estruturais. A amostra foi composta por 1.004 universitários brasileiros, de universidades públicas e privadas. A pesquisa foi realizada de forma não probabilística e com amostra de conveniência. Para abordar as hipóteses e objetivos da pesquisa, todos os construtos foram adaptados da literatura de empreendedorismo.
Resultados:
Os resultados indicam que pode ser mais adequado utilizar um conjunto de características empreendedoras ao investigar um modelo de intenção empreendedora, quando se busca um fator explicativo superior e um modelo mais robusto; além disso, as características empreendedoras representam um modelo mais sensível, que traz avaliações precisas sobre os fatores que afetam a intenção empreendedora. Com esses resultados, a educação empreendedora pode ser planejada para moldar determinadas características, por meio de ações no ambiente universitário, sendo possível medir o impacto da educação na intenção empreendedora.
Palavras-chave:
autoeficácia; características empreendedoras; intenção empreendedora; educação empreendedora; Brasil