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Apresentação

APRESENTAÇÃO

Caro leitor

A partir deste número, a Revista de Administração Mackenzie (RAM) estará sob minha coordenação.

Antes de apresentar o seu conteúdo, faço um agradecimento a Walter Bataglia, que coordenou o periódico por vários anos e realizou um trabalho muito louvável, conduzindo a revista para o conceito B1 Capes e abrindo mais espaços para a sua visibilidade nacional.

Hoje, 15 anos após a sua criação pelo Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (PPGA-UPM), tendo como seu coordenador fundador o Moisés Ari Zilber, a RAM tem um reconhecimento nacional pela qualidade de seus artigos e pela quantidade crescente de autores que realizam submissões anualmente.

Espero manter a qualidade da RAM e envidar esforços no sentido de conduzi-la para classificações que envolvam índices de impacto. Acredito que não será uma tarefa tão fácil. Isso porque, além de manter a qualidade dos artigos publicados, serão necessários outros tipos de esforços de caráter estratégico, financeiro e político para alcançar patamares mais elevados no contexto de publicações acadêmicas ligadas às áreas de Administração e afins. O desafio está lançado!

Espero continuar contando com a colaboração de todos os editores associados e dos avaliadores, que são, em essência, quem proporcionam o toque de qualidade para a RAM, e agradeço à coordenação do PPGA e da diretoria do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA-UPM) pela confiança depositada em mim, no sentido de assumir esta coordenação.

Nesta edição são apresentados oito artigos. No primeiro deles, Marcos Júnior de Moura-Paula traz visões de pesquisadores de gestão e áreas afins sobre como o silêncio nas organizações tem sido estudado. Destaca que a análise desse tema é relevante devido às diversas consequências para os empregados, como o estresse, a angústia, a autoestima e a dissonância cognitiva. Além disso, existem os impactos para as organizações e para a sociedade relativos ao absenteísmo, à rotatividade, à produtividade e às ilegalidades cometidas pelas organizações.

No segundo artigo, Lauisa Barbosa Pinto, Christiane Batista de Paulo Lobato, Alessandro Vinicius de Paula e Flávia Luciana Naves Mafra adotam uma abordagem qualitativa para desenvolver um estudo observacional de um ambiente social fictício da animação infantil Bob Esponja, desvelando como ela pode representar um "modelo ideal/padrão do bom trabalhador" apresentado para o público infanto-juvenil. Os quatro episódios analisados servem de pano de fundo para uma reflexão sobre os relacionamentos organizacionais e as dualidades/contrastes (prazer e sofrimento) de percepções e subjetividades presentes nesse contexto.

A questão que se responde com o terceiro artigo é: Que efeito a mudança do modelo de remuneração variável para remuneração por subsídio causa no comprometimento organizacional no âmbito da carreira de auditoria do fisco federal? Maria Joselice Lopes de Oliveira, Augusto Cézar de Aquino Cabral, Maria Naiula Monteiro Pessoa, Sandra Maria dos Santos e Vivianne Pereira Salas Roldan investigaram a relação do comprometimento organizacional com os modelos de remuneração variável e por subsídio. Foram considerados dois momentos distintos de forma de remuneração: sob o regime de pagamento variável, vinculado ao desempenho individual e ao alcance de metas da organização; e sob a forma de remuneração por subsídio, sem qualquer vínculo com as metas organizacionais ou desempenho individual.

No quarto artigo, José Roberto Cajaíba de Oliveira, Wendel Alex Castro Silva e Elisson Alberto Tavares Araújo tiveram por objetivo central identificar se a presença de características comportamentais (CCEs) nos proprietários de MPEs do Vale do Mucuri e Jequitinhonha/MG é determinante para a longevidade dessas empresas.

Três grupos de empreendedores foram categorizados pela longevidade das empresas para aferir uma possível diferença quanto à presença das características de acordo com a idade destas empresas. Constatou-se que as únicas características que divergiram na discriminação dos três grupos de longevidade foram "Ser independente/autoconfiança" e "Relacionamento pessoal e liderança". Conclui-se que, a partir da percepção dos empreendedores, a presença da maioria das CCEs não estaria diretamente associada à longevidade das empresas, fortalecendo achados anteriores no Brasil.

Geovanne Dias de Moura, Patrícia Siqueira Varela e Ilse Maria Beuren desenvolveram um estudo em que o objetivo é verificar se empresas com maiores proporções de ativos intangíveis no ativo total e melhores práticas de governança corporativa apresentam maior conformidade com o disclosure obrigatório de tais ativos. A pesquisa tem como base a percepção de que o cenário econômico mundial é caracterizado por uma intensa concorrência empresarial, que, combinada com o aparecimento de novas tecnologias e o aumento das exigências dos clientes, tem resultado em ambientes de mudanças rápidas e constantes. Nesse contexto, os ativos tangíveis que já foram tratados em outro momento como "símbolos de prosperidade e sucesso empresarial" estão perdendo espaço para os ativos intangíveis como marcas, patentes, softwares de computador, direitos autorais e carteiras de clientes.

No sexto artigo, Sérgio Augusto Pereira Bastos e Graziela Fortunato procuram responder à seguinte questão: qual é o valor da flexibilidade obtida pela conversão de um veículo leve flex – movido a gasolina ou etanol – para o gás natural veicular (GNV)? A resposta é baseada na metodologia de opções reais e na simulação de Monte Carlo, já que a decisão de abastecer com GNV, gasolina ou etanol, a cada período, é totalmente independente da decisão dos períodos anteriores. Foi calculado o valor da flexibilidade obtida pela conversão, considerando incertezas quanto à evolução dos preços dos combustíveis e a escassez do GNV devido a pouca capilaridade de postos com oferta deste combustível.

Alberto Borges Matias, Gislaine de Miranda Quaglio, João Paulo Resende de Lima e Vinícius Medeiros Magnani, apresentam, em artigo de caráter descritivo, uma comparação do segmento de cooperativas de crédito com o segmento bancário público e privado, analisando o índice de eficiência dos dois segmentos indicados no período entre 2002 e 2012. Além do índice de eficiência, são verificadas as evoluções vertical e horizontal da renda de prestação de serviços, considerada na literatura um componente significativo no desempenho das instituições financeiras em geral.

A pesquisa relatada no oitavo artigo, produzido por Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml, teve como objetivo analisar a produção científica em Gestão de Operações em periódicos científicos nacionais, no período de 2001 a 2010, procurando identificar as temáticas de maior interesse dos pesquisadores e os grupos de pesquisa mais atuantes a partir de uma amostra de 3.224 artigos publicados em 13 periódicos científicos nacionais, no período de 2001 a 2010.

Boa leitura!

Silvio Popadiuk

Editor acadêmico

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jan 2015
  • Data do Fascículo
    Out 2014
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