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Estudos preliminares sobre ação afirmativa em uma universidade federal

Na qualidade de signatário da Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação, Xenofobia e outras formas de Intolerância, o Brasil se comprometeu com mecanismos para promoção da igualdade. Como consequência, diversos programas governamentais foram concebidos, buscando a inclusão social de afrodescendentes na educação superior. De fato, a quantidade de tais estudantes na academia é mínima e não se aproxima do que pode ser observado na população como um todo. Como exemplo desse esforço, a Universidade de Brasília (UnB) começou um programa de ação afirmativa com o objetivo de incluir 20% de seus calouros como representantes dos grupos raciais minoritários. Essa política iniciou-se em agosto de 2004. O presente estudo buscou investigar as percepções de alunos e do público em geral sobre tal política. Um instrumento baseado parcialmente na Escala de Racismo Moderno de McConahay (1986) foi administrado a uma amostra de 316 alunos. A Análise Fatorial (AF) extraiu fatores correspondentes a 48% da variância total explicada. Executou-se a Análise de Variância (Anova) para melhor compreensão dos dados no que se refere à idade e ao gênero dos sujeitos. Os resultados apontam que, apesar de os estudantes demonstrarem interesse no processo de implantação de programas de ação afirmativa e estarem conscientes da relevância de tais procedimentos para a estrutura social e cultural da comunidade, não existe concordância quanto às suas razões e medidas tomadas ou com a própria existência do problema.

Ação afirmativa; Racismo; Medidas de racismo; Inclusão social; Educação superior


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