O presente trabalho tem o objetivo de testar a hipótese de retornos anormais a partir da estratégia de investimento em ações com mais baixo índice preço/valor patrimonial no mercado de ações brasileiro. Foram utilizadas todas as ações negociadas na Bovespa no período de 1994 a 2006, sendo formadas 6 carteiras segundo o critério original de escolha de portfólios, em ordem crescente de PVPA, rebalanceadas ano a ano. Além disso, testou-se a existência de mudança significativa nos parâmetros do modelo CAPM por meio da análise de regressão, incorporando a esse modelo a variável correspondente ao múltiplo PVPA. Posteriormente, foi feita também uma comparação entre os governos de FHC e o primeiro mandato de Lula, a fim de verificar se houve alteração significativa nos parâmetros da regressão por meio do teste de Chow de mudança estrutural. Os resultados indicaram que não há eficácia no uso de baixo PVPA como medida para formação de carteiras de investimento, sendo refutada a hipótese testada, tanto pela análise gráfica, que apresentou maiores rendimentos para as ações com maior PVPA, como por meio da inclusão desse índice ao CAPM, que indicou mudança significativa nos parâmetros beta do modelo e também na comparação entre os governos.
Índice PVPA; Bovespa; Anomalias de mercado; Regressão em painel; Mito de investimento